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terça-feira, 10 de junho de 2014

PRÁTICAS SEM CONCEITOS SÃO CEGAS E CONCEITOS SEM PRÁTICAS SÃO VAZIOS

Tem sempre algo irônico - além de interessante - por traz da auto-observação de um professor. Você exclama para si mesmo: Opa! Mas pode ser também uma ironia consigo e com seus colegas, com suas vivências e suas experiências. Mas também com alunos. Quando a gente tenta clarear, avaliar ou julgar certas práticas, ações ou juízos, medidas ou regras em geral usamos conceitos. Tenho me preocupado muito com o alcance de justiça e de honestidade. Estes dias eu disse - em meio a um debate sobre educação e mudança na educação - que muitas práticas precedem conceitos, e que muitos praticam coisas novas sem conceitualizá-las. Mas isto também vale para práticas antigas e para outras experiências e experimentos. Me dei por conta de que ao construirmos conceitos sobre estas práticas ou formalizarmos alguma tekné sobre elas podemos estar perdendo algo singular mais relevante do que o que se obtém com a regra geral, por supressão, simplificação ou certo deficit de percepção ou observação. Resolvi anotar aqui para talvez gerar outras reflexões sobre isto depois. - inspirado por Ian Hacking e algumas observações de experiências....

Ps: na terminologia traduzida dele se tratam de TIPOS...que ele afirma tomar de Nelson Goodman que considera eles como uma construção social...creio que vale este meu uso emprestado aqui...mas gosto mesmo de usar conceitos para tal coisa e minhas razões são de simplificações e de tradução....mas se quiser entender por tipos ou julgar falta grave de rigor podemos conversar mais sobre isto também...meu interlocutor desconhecido mais preferido é aquele que se revela com argumentos.....

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