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domingo, 8 de junho de 2014

AS PESSOAS MUDAM E ESTÃO EM SITUAÇÕES

AS PESSOAS MUDAM E ÀS VEZES É PRECISO UMA CRISE MUITO BOA OU MUITO RUIM PARA ISSO ACONTECER

NUMA ARGUMENTAÇÃO 
MUITO RÁPIDA E BREVE 
SOBRE A POSSIBILIDADE 
DAS PESSOAS MUDAREM, usei a figura de que às vezes as pessoas estão em “situações” que não é o ser delas que se apresenta ali e que aquilo que lhes atribuímos como defeito, erro ou estado é passageiro e pode ser alterado. E que se encaramos isso compreendemos a liberdade das pessoas perante estas situações. Bem, minha ideia de situações envolve de um lado algo que é passageiro ou que não é definitivo e que pode ser alterado e provém de Sartre: as pessoas mudam, ainda que algumas precisem de uma crise para compreender esta possibilidade através da liberdade e da sua própria compreensão e visão de autonomia. Esta situação requer certa crise:

"Serão precisos dois séculos de crise - crise da Fé, crise da Ciência - para que o homem recupere a liberdade criadora que Descartes atribuiu a Deus e para que se conceba finalmente essa verdade, base essencial do humanismo: o homem é o ser cuja aparição faz com que um mundo exista. Mas não censuramos Descartes pelo facto de ter atribuído a Deus o que nos pertence por direito; admiramo-lo principalmente por ter, numa época autoritária, lançado as bases da democracia, por ter seguido até ao fim as exigências da ideia de autonomia e por ter compreendido, muito antes de Heidegger de Vom Wesen des Grundes, que o único fundamento do ser era a liberdade". {HEIDEGGER trad.: DA ESSÊNCIA DO FUNDAMENTO}


In: Jean-Paul Sartre, Situações I. 1941

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