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segunda-feira, 19 de maio de 2014

COISAS QUE NÃO DEVERÍAMOS MAIS ACEITAR NEM EM UMA MÍNIMA POSSIBILIDADE

“Não vamos, então, perguntar porque certas pessoas querem dominar, o que elas buscam, qual é a estratégia global delas. Vamos perguntar, ao invés disso, como as coisas funcionam no nível da subjugação vigente, no nível desses processos contínuos e ininterruptos, que sujeitam nossos corpos, governam nossos gestos, ditam nossos comportamentos etc. Em outras palavras, ao invés de nos perguntarmos como o soberano aparece para nós em seu isolamento majestoso, devemos tentar descobrir como é que os súditos são gradualmente, progressivamente, realmente e materialmente constituídos por meio de uma multiplicidade de organismos, forças, energias, materiais, desejos, pensamentos etc. Deveríamos tentar entender a sujeição em seus casos concretos como uma constituição de súditos. Esse seria o oposto exato do projeto de Hobbes em Leviatã...”


( História da Sexualidade, Vol. 1, p.97, Michel Foucault )

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