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quinta-feira, 27 de março de 2014

MÁGICA, EDUCAÇÃO E REVELAÇÃO

Hoje pensando sobre minha atividade profissional cotidiana, seus requisitos e, também, seus desafios, me dei por conta de um paralelo ou analogia que eu creio ser importante e reveladora de nossa condição. Me perguntei, pensando em simultâneo na educação,  qual a principal condição exigida para uma mágica ser feita, para um mágico conseguir produzir o efeito que deseja? E ao perguntar isso poderia pensar no engodo, na capacidade de ludibriar, nas técnicas de ilusionismo, mas me dei conta de outra coisa mais simples e básica. Me dei conta que precisa primeiro de um público para ter seu efeito, mas que precisava ter algo mais, antes da técnica e do treino. Uma certa capacidade e exercício que o professor também precisa adquirir para obter e que lhe é essencial. E conclui que além do público é preciso atenção, muita atenção do público para que ele possa manter a sua performance e obter o efeito que deseja e que faz juz ao seu ofício. Na educação há uma semelhança nisto e também no fato de que educar envolve revelar e ocultar, para educar ao mesmo tempo, com precisão e fazendo as escolhas de conteúdo e método do que se quer enfatizar e que para que isso ocorra também é necessária esta atenção. Poderia ser criticado aqui por usar um método de educação expositivo e um modelo de educação conservadora e hierarquizado, mas não tenho muita dúvida sobre esta analogia e o que ela nos ensina e revela.    

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