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quinta-feira, 13 de março de 2014

ESCREVENDO AS AULAS: ORALIDADE E ESCRITA E O ANTES E O DEPOIS

Não sei onde eu estava com a cabeça quando comecei a tentar escrever sobre o que eu tratava em minhas aulas..Pois eu sei, mas combina certo perfeccionismo e a necessidade de fazer registros das aulas também para relatórios e para poder reflexionar com os colegas de escola de alguma forma. O que regularmente tem ocorrido é que o discurso oral e um punhado de notas me obrigam a triplicar em texto o que é dito em aula. 

Esta é a forma mais objetiva de se perceber a gigantesca vantagem da oralidade em relação à forma escrita, porque na aula expositiva de caráter mais dialogado  em relação à aula expositiva e dissertativa sem interrupções em, que são lidos textos prontos, a riqueza no detalhe argumentativo e nas referências rigorosas perde para a fluência de uma interação olho no olho e com empatia, interrupções e a nítida percepção dos reflexos dos alunos ao longo do questionamento e da exposição. 

Por outro lado, ao escrever se percebe sempre que falta algo mais e que pode ser sempre melhorado no detalhe, na forma na distribuição das questões e na ordem de exposição dos elementos propostos.E além disso, ao dar uma mesma aula para turmas diferentes se recebem perguntas e contribuições diferentes sobre a mesma lição e a forma vai se aperfeiçoando. Um plano acaba evoluindo na semana e às vezes ao longo do mesmo dia.

Mas que dá um trabalhão doido e que quase chega a soltar alguns parafusos da cabeça. Mas é bom...é muito bom porque as todas as pontas melhoram. Melhora como se escreve, melhor como se lê e pesquisa e creio que melhora como se leciona também. 

Mais uma vez, à título de incentivo, vou usar Harold  Bloom para fechar este breve relato aqui: "Aos 80 anos, é difícil separar o aprendizado do ensino,a  escrita da leitura." Praeludium de Anatomia da Influência, p.12.   

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