Powered By Blogger

sábado, 15 de fevereiro de 2014

SOBRE A PRESTAÇÃO DE CONTAS DA PREFEITURA DE SÃO LEOPOLDO: CONTABILIDADE BÁSICA, MAIS GASTOS MENOS E PIORES SERVIÇOS, O TEMA DA DÍVIDA HERDADA E A CONTESTAÇÃO DO VANAZZI E O DEBATE CONTINUA

Acordei com belas lembranças hoje....lembranças de diversos tempos no passado. E lembranças que me deixam olhando para o futuro e pensando nos cidadãos e cidadãs de São Leopoldo, nos meus amigos, e amigas, colegas, alunos e alunas, companheiros e camaradas e naquelas coisas que ainda tentam aplicar na gente com a maior cara de pau...como se fossemos leigos ou ignorássemos certas coisas para nós  elementares já.. 

Eu estudei, por dois anos, contabilidade no ensino médio, tenho ainda hoje meus cadernos e lembro do meu grande professor...Isso foi ali no Colégio São Luiz no noturno em meados dos anos 80...Sei de muita gente boa que estudou ali nos anos 50, 60, 70, 80 e alguns, inclusive, que viraram bancários, contadores, outros e outras que hoje são juízes, advogados, administradores de empresas corretores....e ainda professores também.

Gostava muito disso, porque ali, nesta matéria é tudo preto no branco, não tem lero-lero, nem lenga-lenga, nem rame-rame, nem vuco-vuco....é aquele tipo de negócio bem cartesiano que exige absoluta precisão, sem nenhuma enrolação. E é algo que quando é bem feito tem começo, meio e fim, é claro e distinto e segue um método, princípios e ainda se aprende a hierarquizar e a diferenciar as coisas, seus valores.

Se aprende a começar a discernir prioridades e a decidir o futuro de uma empresa...de um empreendimento qualquer, de uma escola, uma obra, um clube ou uma secretária, prefeitura, governo e empresa pública ou privada. E eu valorizo muito os profissionais desta área.

Confesso que já disse para mim mesmo, pelo menos uma vez, que eu adoro contabilidade, prestação de contas, organizar dados, fazer análise de planilhas, controlar recursos, planejar custos fixos, diferenciar investimentos de despesas correntes, colocar numa planilha bem detalhada a distribuição da despesas, dos financiamentos, dos créditos e débitos, ver em detalhe as fontes dos recursos, apontar e r4egistrar números e revisar as contas de traz para adiante de adiante para traz, da soma ou total à sua divisão ou composição e da divisão ou composição à sua soma ou total. Não tem erro, se você registra tudo e cuida de tudo, você nunca erra. Em filosofia chamamos isso de ordem analítica e ordem sintética. E isso dá certo meus amigos.

Além disso, vou tergiversar um pouco, adoro olhar meu extrato sabe?...porque ali você vê seu saldo e suas dívidas e pode ir resolvendo as coisas quando eu olho ali eu olho meu futuro e meu passado...No ano que passou, para explicar renda, classe social e escolaridade aos meus alunos e alunas, eu me dei ao trabalho de fazer um balancete dos meus salários e renda familiar desde menino e descobri coisas muito interessantes sobre a evolução da economia brasileira, nos últimos 40, 30, 20 e dez anos e a minha situação especial dentro da minha categoria social e econômica...Fiz isso para relacionar basicamente o tema da escolaridade, com condição social e incremento da renda. O resultado foi bom, ao meu ver.

Quando você bota tudo ali discriminado se dá conta de tanta coisa...nossa...e fazer este exercício ajuda os alunos a se planejarem e construírem metas e objetivos par além da balada e do final de semana.

Mas eu odeio contadores de filés, cortadores de investimentos e qualquer espécie de política recessiva ou que é agressiva às custas do povo, não gosto nada da expressão CHOQUE DE GESTÃO porque toda vez que ela foi usada o resultado é recessão, depressão econômica e mais problemas sociais....é para mim - e me desculpe mesmo os simpatizantes ou as cabeças de planilha – esta é a mais rematada política do atraso e a forma mais tradicional de administrar um negócio, empresa, vida e o estado.

Penso que no trato da coisa pública é a política mais equivocada possível, porque faz a conta quantitativa e minudente e se esquece – às custas de quem precisa do estado - de forma completa a grande operação qualitativa do estado....e eu vi isso ao vivo e à cores...no Brasil e no Rio Grande do Sul...

Mas, também, creio, sinceramente, que o estado brasileiro, só vai realmente ser bem administrado, quando tudo isso que envolve gasto público, investimento público, dívida pública, políticas públicas for absolutamente transparente...e mais...quando o povo poder contribuir, discutir e deliberar da forma mais direta e responsável possível sobre o que se faz com recursos públicos....e quando a gente começou com uma cosia chamada ORÇAMENTO PARTICIPATIVO se pensava nisso, de um lado, garantir o direito de definição de prioridades aos cidadãos e, de outro lado, promover a transparência e o controle público do uso destes recursos...eu sei muito bem quem é contra isso e porque...

Mas vou tratar, enfim, de uma coisa muito simples aqui: NÃO DÁ MESMO PARA GASTAR MAIS E TER SERVIÇOS PIORES! E este é o meu primeiro ponto contra a PRESTAÇÃO DE CONTAS apresentada pela PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO LEOPOLDO - GESTÃO 2013-2016,

Porque, é fato que a saúde está pior, é fato que a limpeza pública está pior, é fato que o fornecimento de água está pior, é fato que a cultura está pior, é fato que a assistência social está pior, e poderia deslindar aqui em quase todos os setores em que houve um completo abandono de ações, programas e serviços...isso quando não houve um espécie de suspensão completa de obras de infra-estrutura (do que o Vanazzi já aludiu – veja abaixo) e fico me perguntando em quantos recursos foram devolvidos de convênios por inépcia ou arrogância?...ou aquela mera desconsideração como trabalho dos outros e a atitude presunçosa em relação ao trabalho que herdaram da gestão passada...

MAS A GESTÃO ESTÁ ASSIM E ESTÃO GASTANDO MAIS - NÃO TEM NEHUMA EXPLICAÇÃO ISSO!

PASSAR BEM E PENSAR NISSO....(obs. postarei uma análise mais detalhada depois)

Ary Vanazzi – ex-prefeito 2005-2012, postou esta resposta que segue abaixo:

“Algumas palavras sobre a prestação de contas da Prefeitura.

1) ) continuam somando dívidas de curto prazo com dívidas de Financiamento, como PAC Arroio Kruze e Arroio da Manteiga ou obras do Arroio Gauchinho e João Correa que financiamento de 25 anos. Um bom Séc. da Fazenda devia saber separar. Ou faz o seguinte devolve o financiamento e não faça as obras.

2)Nunca a prefeitura gastou mais de 49.5% com folha de pagamento de pagamento. Só conferir nos balancetes que estão na contabilidade ou no TCE tribunal de contas
3) Aqui tem duas possibilidades ou eles encheram a maquina com CCs ou pelo visto caiu muito a arrecadação com isenção e favores a grupos econômicos, prática coerente dos Gov. do PSDB.

4) A prefeitura em toda sua história nunca ultrapassou de 9% de investimentos com recursos próprios. A grande maioria dos nossos investimentos sempre foram de captação Federal. Aliás, esta possibilidade o Dr. MOA Prefeito Abandonou. Prova disso é que em um ano foi apenas 2 vezes a Brasília.

5) O Prefeito MOA devia me agradecer sobre a regularidade das negativas do IAPS. Foi nossa luta desde 2010, que fez a Presidenta DILMA em novembro de 2012 por decreto ampliar o prazo de parcelamento do IAPS de 60 meses para até 240 meses. A prefeitura renegociou a dívida e diminuiu as prestações com isso ficando mais dinheiro em caixa. Só não aprovei o parcelamento porque não deu tempo em dezembro de 2012. Não receberam as negativas antes por incompetência.

6)Só não sei por que não mostraram a dívida real. Publicada no Jornal VS em agosto que era balance do 2º quadrimestre. Ali a dívida consolida era de 170 milhões. Porque estão escondendo? Porque não publicaram o último quadrimestre?

7) Por fim porque a população não consegue acessar as informações nas páginas transparência? Não temos acesso aos números, o que estão escondendo? São só os números o estão escondendo as licitações e outras coisas mais? Aliás o TCE já apontou está prática incorreta. Apenas para refletir.

8) ) Portanto cadê os 360 milhões de dívida.


Está apresentação só tinha um objetivo tirar da pauta. A falta de ação o o caos que a cidade vive. Em várias áreas.” 

Nenhum comentário:

Postar um comentário