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domingo, 16 de fevereiro de 2014

CONFIANÇA: O DILEMA MODERNO

Depois de ficar assistindo e pensar em certos detalhes, problemas e mensagens de CLOSER (2004) de Mike Nichols, não tive como não comparar com Uma Outra Mulher (2006) de Margaretha von Trotta, pois em ambos aparecem mulheres ou com dupla personalidade ou com duas facetas a serem compreendidas. Nichols é talvez um dos principais senão único cineasta que entende que um diálogo real é muitas vezes truncado e que seus silêncios, subentendidos, mensagens subliminares as vezes dizem mais do que as palavras. 

Nessa dupla comparação somada à outras lembranças e comparações com o atual cotidiano e a sua dimensão ambígua de discursos, falas, entre o que aparece e o que é real, entre a verdade e a dissimulação, entre a cara limpa e o rosto maquiado, entre o texto do jornal e o fato real, entre o Brasil de um discurso de negação e emulação (white bloc et alii) e o Brasil me dei conta e renovei meu passe para um estudo que é meio tangenciado em teoria política e em epistemologia. falo aqui de algo não muito ortodoxo, nem muito seguro, no oceano da realidade, mas que tem aparecido bem mais em diversos filmes pós anos 80 e 90. 

Falo aqui de algo que julgo especial porque atua ali onde a falta de credenciais, atestados, provas, certificados, documentos, testemunhos e mesmo apesar deles é essencial tanto para o líder que escolhe seu conselho quanto para os cidadãos que escolhem seus representantes ou líderes, é essencial no debate quando se esgotam as razões de prosseguir argumentando haja visto que a discussão chega a um limite do exercício de apor ou contradizer e resta somente um acordo baseado em um apelo a sinceridade, honestidade, vivência, experiência, conhecimento, formação, ou mesmo, a bondade e o afeto sincero. resta apenas como liame fundamental o tema da confiança de cada um no outro.. 

Uma música da trilha que serve para outras coisas: THE SMITHS - HOW SOON IS NOW? 

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