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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

SOBRE COINCIDÊNCIAS, SINCRONICIDADE, TRILEMAS, NOMES PRÓPRIOS E OUTRAS COISAS

Eu já uso a expressão TRILEMA faz muito tempo...e aliás Steve Jobs também...ainda que ele só usasse isso na prática...falo disto outra hora...mas meus dois famosos TRILEMAS - o TRILEMA DE BURROUGHS & O TRILEMA DE BUKOVSKI me são bem graciosos já e ilustrativos do que fazer com SEXO, DROGAS E ROCK IN ROLL...BUKOVSKI DEFENDIA TUDO AO MESMO TEMPO AGORA & BURROUGHS UMA COISA DE CADA VEZ.

Mas olha só tio Siegfried Werkmeister ...eu tenho uma longa experiência e folha corrida de coincidências que me fez mitigar meu ceticismo, incredulidade e distância a respeito do que é chamado de sincronicidade por Jung, Koestler, Sting e outros...pois repetidamente ao longo dos anos - e isso começou bem cedo na minha vida - aparentemente sem lógica alguma em muitas questões.

E não falo que adoto aqui os argumentos ou teorias e concepções usados e construídos por Jung ou outros. Mas sim falo da ideia geral derivada de uma prática repetida - isto chama-se indução - que haveria uma sincronicidade que explica a coincidência de certas coisas.

Para ficar no exemplo mais básico, no exemplo derivado da minha experiência e que conheço do tema dos nomes próprios e da sua relação com as  pessoas ou tipos de pessoas que são portadoras deles.

É para mim um mistério fascinante de como é que advinhamos nomes de pessoas. E, em um caso que conheço, advinhamos sem querer nomes que foram aventados como possibilidades para aquela pessoa sem sabermos nada a este respeito. E, neste mesmo departamento, que não é nem uma teoria de nomes próprios filosófica, nem uma doutrina de descrições definidas dou um exemplo final que é para mim arrasador e autobiográfico, porque não vejo razão ó glória, ó diabos, para que quase todo mundo que acha que me conhece mas não sabe meu nome, me chama de André sistemática, repetida e em muitas circunstancias parte das quais testemunhadas por muitos amigos e amigas ao longo da vida.

E a única candidata a verdade fundamental disto, de que eu teria este nome André, seria o caso se tivesse nascido antes do Natal de 1964 e que o nome Daniel era opção para depois desta data. Efetivamente eu nasci depois em 8 de janeiro e meu nome é Daniel. E nenhuma das pessoas que me chama de André tem - até a data de hoje - qualquer acesso a esta história de André como meu nome possível de batismo.

Minha mãe está viva para testemunhar isso aqui...não é mamãe? Veronica Adams Boeira ... e depois tem os signos também...que também saõ objetos de advinhação...mas não falo de nada disso como ciência em hipótese alguma...e não vejo nem mais nem menos verdade nisso a partir da falta de uma teoria explicativa ou de uma razão que resolva em absoluto este mistério....

A coincidência final é que eu estava lá no meu quarto a poucos minutos lendo tranquilamente um livro de filosofia e tendo ideias e pensando em entrar aqui e escrever sobre Platão. Publicar a mini biografia dele que usei em aula neste ano - como primeira versão e depois começar uma versão final mais detalhada e consistente que começaria assim: "Vamos tratar aqui da vida e da obra de Platão, mas esta não é uma teoria de nomes próprios - como a mais clássica teoria de Saul Kripke que trata da relação entre este nome e seu portador, e do valor de verdade de certas proposições em relação a este sujeito em Naming and Necessity - mas sim apresentar as coleções de proposições mais plausíveis sobre este homem que foi chamado de Platão, mas que foi batizado por seus pais com o nome de Aristocles." 

E tirei a ideia de escrever isto desta forma lendo um livrinho com uma narrativa autobiográfica muito legal do Filósofo Inglês Colin McGinn. A construção de um filósofo: Minha trajetória na filosofia do século XX. publicado pela Editora Record, em 2004. Nas páginas 79 e subsequentes o autor apresenta a teoria de Kripke cujos exemplos são Platão e Nixon. Só para lembrar, por fim, aqui também que Platão foi praticamente o primeiro filósofo a apresentar uma teoria sobre os nomes próprios das coisas, no seu diálogo Crátilo.

Claro que isso é uma mera coincidência e falar em sincronicidade aqui é uma tolice descabida, afinal falamos de nomes próprios todos os dias aqui neste mural e eu só leio estas teorias o tempo todo. Então fortuitamente....vamos pensar mais....sem muitas esperanças e sem muitos dogmas sobre isto..nem que sim, nem que não...   

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