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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

SOBRE VELÓRIO TERCEIRIZADO: EM PARTE SIM

Sim. Tem uma discussão interessante de bastidores e em algumas postagens aqui sobre exibicionismo, egocentrismo e vaidade que penso que requer mais atenção filosófica nossa. E também certa atenção literária, porque ocorre mesmo que novas narrativas ou narrativas que seriam inéditas comecem a aparecer aqui e ali nas redes sociais. Ou seja, Barthes tinha certa razão quando disse que os autores iriam desaparecer e só ficariam os leitores. Neste "mundo virtual" em que as coisas acabam sendo mais humanizadas em que nossa sensibilidade é tocada e toca com outras. Não penso na terceirização da morte, mas que há algo de estranho fato de que eu mesmo velei aqui três parentes muito próximos meus (irmão, pai e irmã) com muita solidariedade de amigos. Mesmo que em alguns casos esta solidariedade seja uma finesse distanciada sei de muitos que conheceram meus parentes e que se tocaram deles e de outros. Eu tenho feito quase necrológios aqui para pessoas que eu gosto e que foram de meu convívio. Não vejo isso como um mal, algumas pessoas não precisam da fama para terem sentido no final de suas existências, mas é um baita consolo aos parentes ver homenagens e palavras de carinho. Assim, não somos nem autores, mas falamos da vida real de pessoas reais. Eu prefiro personagens reais e a vida real e uma parte tocante da literatura é feita delas. Mesmo que eu goste da ficção também é a verossímel dela com a realidade ou a porção de fantasia dela em relação a realidade que nos faz viver, sonhar, acordar e amanhecer com esperanças e buscando a felicidade, apesar de tudo, de toda dor e sofrimento deste grande vale de lágrimas que é o mundo. Chega...e só toquei num aspecto finito aqui, deixando de lado aqui ainda as implicações que tem me tocado para a memória, consciência e ideias de externalidade que me acudem...além da humanização e sensibilização sempre necessárias das pessoas...

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