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sábado, 31 de agosto de 2013

SIMONE DE BEAUVOIR -ENTREVISTA DE 1959 E UM EXEMPLO DA CONDIÇÃO DAS FILÓSOFAS NO SÉCULO XX

SIMONE DE BEAUVOIR - quer saber mesmo o que eu penso? Eu gosto dela. 

Gosto das ideias dela e da forma como ela as apresenta. Gosto que ela usa as ideias com uma certa clareza e finesse, mas que vai sempre indo direto no ponto. 

Eu não diria que ela é menos filósofa que Sartre, nem menos importante. Da mesma forma que quando leio Hannah Arendt, não vejo nela um filósofa menor que Heidegger, ainda que para mim Heidegger seja um verdadeiro gigante - com todos os riscos que toda forma de grandeza acarreta. 

Penso também nesta condição feminina na filosofia. Uma coisa que parece colocar sempre a mulher ou o feminino na lateral dos combates. Não sei se uma figura ou metáfora cai bem aqui. 

Penso que não, mas me vem a calhar que a guerra, a meia guerra só é vivida nas laterais da história. E não me parece que Simone ou Hannah tenham vivido meias guerras. A verdadeira guerra também ocorre dentro de nós mesmos. E a consciência disso as vezes nos suaviza e as vezes nos enfurece. 

Nenhuma filosofia que presta sobrevive ao engano. No entanto, ainda que alguns vejam nela uma moda, portanto, é a mesma coisa que dizer que é um engano passageiro, para mim o pensamento de Simone me parece vivo, presente, ativo. 

Posso estar enganado, sim, sempre posso estar enganado, mas creio que deveríamos olhar com mais atenção para estes fenômenos das mulheres na filosofia do século XX. Na maior latitude possível. 

O que inclui aqui Rosa de Luxemburgo, Simone Weil, Susan Sontag e também algumas que ficam nas áreas de fronteira entre a literatura e a filosofia, a história, a antropologia e mesmo em ciências exatas e biológicas. Afinal, são sim obras do pensamento...pausa... veja este vídeo entrevista e pense por si mesmo:1959 - INTERVIEW FOR SIMONE DE BEUAVOIR 
Bom Dia...neste sábado cheio de atividades e tarefas...e também coisa boas...

Penso no Carlão. Penso sim neste ARTISTA de carne e osso que partiu para uma outra dimensão do ser, como dizia o Xandi. 


CARLÃO - A PRAIA

Carlão um dia me foi apresentado em Novo Hamburgo, o Carlão, também nos idos de 1986, eu estava mal acostumado mesmo. Jamais conheci artista, ator, músico, ator, mais desprovido de vaidade e mais singelo e gentil.

Observando ele, entendi que a arte não é atua postura, a arte não é como você aparece, se aparece, a arte não é se te conhecem, se tens a grande fama, a arte e a OBRA DE ARTE em um liame que liga seu autor com a obra. A conexão entre sentimento, pensamento, linguagem, meios e materiais e aquilo que dai resulta com uma sensibilidade especial.

Ao ver esta pintura - e poderia comparar com muitas outras obras do Carlão, vejo que os detalhes não são somente detalhes são a expressão de uma percepção muito fina e sutil do mundo. Daquilo que há Carlão deu traços, cores e fez uma imagem. 

E como é belo o conjunto destes traços daquilo que há. Vida longa ao mestre mais humilde e mais singelo que já conheci. 

Salve Carlão  que o hamburguenses e aqueles que possuem sua obra a respeitem, a preservem, porque tua vida e tua sensibilidade permanecerão imortais nelas.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

USAR A CABEÇA E SE DISTRAIR: SUGESTÕES DO TIO CARLOS E DO WOODY ALLEN

Tio Carlos dizia: "Usa a cabeça, magro!" e o Woody Allen sugere sutilmente que é melhor a gente se distrair:  ”O melhor que você pode fazer para passar pela vida é se distrair”, arremata. “O amor funciona como uma distração. O trabalho também funciona como uma distração. Você pode se distrair de um bilhão de maneiras diferentes, mas a chave é distrair a si mesmo”. Pense nisso com uma pitada de suavidade e bom humor e pode adicionar - ao seu gosto - uma casquinha bem pequenina de limão, se não suportas viver sem algo azedinho...mas evite o sal, evite o açúcar, evite gorduras, evite o alcool e o cigarro e procure mais poesia, mais música e mais arte... será que é isso que é usar a cabeça e se distrair?

SEGUE NENI

alguns dos meus ex-alunos se defrontam com situações que já vivi e me dão muitas alegrias ao dizerem coisas tipo esta: 

"Quando você pensa que viveu a semana mais maluca da tua vida, vem a vida e..."

Ao que, eu, como um velho professor respondo - dando apoio e confessando pouca experiência e muita licença poética, assim: 

"te joga num torvelinho gigante e te obriga a aprender a surfar em meio a maior onda da história da humanidade...e o que você faz?..abre os olhos, faz o sinal da cruz e enfrenta o que vier, dropa sem medo, ergue os pés, sobe na prancha e vai com toda a tua suavidade e habilidade recém descobertas; sim, porque é com equilíbrio que se dribla os monstros que se apresentam no teu caminho; inventa uma história nova para cada pequena necessidade e encara  o lance, porque esta pode ser a sua chance definitiva de começar a acreditar mais ainda em si mesmo ou a desconfiar daquilo que parece ser e é - até agora - certo; não por capricho, nem por tolice, mas por pura ousadia e fé na vida..."

como diz a minha bela e simpática amiga Jaque, segue Neni...

PS.: cara..se tu soubesse como este tipo de coisa é um sinal, um marcador ecológico de que você realmente está vivendo a vida...isso é que nem fungo e determinadas coisas na natureza: indício de que o meio ambiente está saudável e de que as condições de vida são boas e podem ser melhores...SEGUE NENI...como diz a bela Jaque.....

CLAREIRA DO SER EM HEIDEGGER: TEXTO DE RUDIGER SAFRANSKI E IMAGEM DE ANTOINE MELI

A paixão de Heidegger era indagar, não responder. Por isso indagar podia ser para ele a devoção do pensar, porque abria novos horizontes — assim como outrora a religião, quando ainda era viva, ampliara os horizontes e santificara o que neles aparecia. Para Heidegger possuía especial força reveladora a indagação que ele fez durante toda a sua vida filosófica: a pergunta pelo ser. O sentido dessa pergunta não é senão esse abrir, esse remover, esse sair para uma clareira onde de repente é concedido ao evidente (Selbstverstãndlichen) o milagre do seu “aí” (Da); onde o ser humano se vivencia como local onde algo se escancara, onde a natureza abre os olhos e percebe que está ali, onde portanto no meio do ente existe um local aberto, uma clareira, e onde é possível a gratidão por tudo isso existir. Na questão do ser esconde-se a prontidão para o júbilo. A questão do ser no sentido hedeggeriano significa tornar mais claras (lichten) as coisas, assim como se levanta (lichten) uma âncora a fim de partir livremente para o mar aberto. É uma triste ironia da história que a indagação pelo ser na leitura de Heidegger em geral tenha perdido esse traço revelador e iluminador, deixando o pensar antes inibido, enovelado e crispado. Com a indagação pelo ser acontece com a maioria assim como com o discípulo numa história zen. Ele meditara longamente sobre o problema de como tirar o ganso crescido da garrafa com gargalo estreito sem matar o animal ou quebrar a garrafa. O discípulo, já torto de tanto pensar, foi ao mestre e pediu a solução do problema. O mestre afastou-se um momento, depois bateu palmas energicamente e chamou o discípulo pelo nome. “Estou aqui, mestre”, respondeu o discípulo. “Está vendo?”, disse o mestre, “o ganso saiu”. O mesmo vale para a questão do ser.



Também sobre o sentido do ser, que se busca na pergunta pelo ser, existe uma bela história zen, bem na linha de Heidegger. Ela relata que antes de ocupar-se com o zen alguém vê as montanhas como montanhas e as águas como águas. Mas se depois de algum tempo de contemplação interior ele atinge o zen, vê que as montanhas já não são montanhas e as águas já não são águas. Mas quando ele se torna um iluminado, volta a ver as montanhas como montanhas e as águas como águas.

O Heidegger dos anos vinte gosta de empregar a expressão aparentemente abstrata “anúncios formais”. Gadamer relata que a seus estudantes, que tinham dificuldades com o termo por suspeitarem que em seu significado houvesse gradações de abstração, Heidegger explicou da seguinte forma a expressão: ela significava “saborear e completar”. Um anúncio (Anzeige) se mantém na distância do mostrar (Zeigen), e pede que o outro, a quem algo é mostrado, olhe ele mesmo. Precisa ver ele próprio, na boa maneira fenomenológica, o que lhe é “anunciado” e “completá-lo” com sua própria contemplação. E na medida em que o completa, saborear o que ali há para ver. Mas, como se disse, a gente mesma precisa ver.”





Heidegger - em foto clássica no caminho 

SAFRASNKI, Rüdiger. Heidegger um mestre da Alemanha entre o bem e o mal. Tradução Lia Luft. São Paulo: Geração Editorial, 2000, pp. 496-497. 

Obs.: Grifos Meus. Talvez seja uma das passagens mais belas desta grande  biografia. Aqui o biógrafo resume em poucas palavras aquilo que creio ser o maior pensamento filosófico do século XX . A pergunta pelo ser, o encontro com a clareira do ser, o ver e a libertação do ser por si mesmo.

Para a fonte das Imagens de Antoine Meli, veja aqui: Antoine Melis 

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

SOBRE A MELANCHOLIA DE ALBRECHT DÜRER

Hoje pensei muito neste desenho de novo. 







Ele foi uma grande descoberta de juventude em meio aos livros da biblioteca da minha família, ou melhor, de minha mãe. Um volume cheio de desenhos e pinturas de Albrecht Dürer que conheci bem cedo na vida e que folheava com algum  vagar. Tentava ler as cosias escritas em alemão e dava no que dava eu ia e voltava a olhar esta pintura uma, duas, três vezes 

Um anjo super envolvido com toda a técnica e sabedoria possíveis, talvez entediado com a impossibilidade de aplicá-la com eficácia rigorosa no mundo dos homens. Ou melancólico com a distância gritante e as vezes silenciosa e contemplativa entre a sabedoria e a vida. Um pouco abaixo temos  também uma outra figura a do querubim triste com a situação colocada assim.

Quando olho para os olhos do jovem lembro de mim mesmo  e de muitas pessoas que aprendi a respeitar nesta vida. O cenho franzido, por um aborrecimento eventual, uma pequena inconformidade ao plano superior de nossas ideias e ideais. Mas também por um sentimento profundo de impossibilidades. Um sentimento existencial de que algo é absolutamente inviável.

Aborrecidos nós ficamos e eles também não porque se levam a sério demais - como diria um amigo, não porque lhes falta uma auto-ironia, não, mas porque ficam muito sérias em determinados assuntos e situações. O destino, o imprevisto,a s surpresas, os fracassos, os erros e todas as imperfeições que temos que encaram neste mundo real e concreto distante da perfeição de nossas equações e lógicas.

Também lembro muito de uma das imagens da face de Beethoven em um quadro os lábios apertados, não fazendo beicinho, nem biquinho, mas sim pressionando os lábios para impedir uma palavra que seja e na expectativa de um espaço de tom, de um silêncio ou de um som que ocupe e resolva aquela lacuna na partitura. Talvez observando o violinista em seu erro de nota ou ritmo. Talvez olhando para algo incorrigível e aborrecido come sta impotência.

Todos os gênios, líderes e loucos que conheci são melancólicos em algum momento de suas vidas, mesmo aqueles que nos fazem rir o tempo todo com seus WITS, seus toques ou humores e ironias características. Tem uma hora em que não há graça e esta é a hora da melancolia.  

E bem lembro de muitas pessoas mais. lembro de professores e professoras olhando para o que se encena a sua volta. Lembro de pessoas que sabem que certa ação, discurso, posição ou atitude é um erro, mas que devem se calar e observar.

Lembro de personagens e pessoas que devem assistir as tropelias como os anjos de Win Wenders, em Asas do Desejo, assistem as vidas das pessoas. Aquela perspectiva, para lembrar Leibniz de novo, quase sub aespecie aternitati.

E devo até entender que já que é assim mesmo, então...

Esta imagem da MELANCÓLIA DE ALBRECHT DÜRER, foi a contracapa do meu primeiro trabalho existencialista de faculdade. Um trabalho de 1989 sobre Heidegger entregue ao filósofo e professor Ernildo Stein. Aliás, um trabalho sobre o Parágrafo 16 de Ser e Tempo. E você sabe bem que é ali que a porca torce o rabo e que a vaca vai para o brejo na inoportuna falta ou falha da manualidade do Dasein. Quando ele tem consciência de que é separado do mundo, das coisas e dos demais seres.     

Sim, ela bem é uma das obras que mais admiro pela coleção de signos que apresenta e pelo que parece nos expressar, pelo que me evoca ao analisar. De certa forma quase tudo que sei(?) e quase tudo que não sei se encaixa nela, como num feixe de diversas redes e ondas a partir das quais as luzes, os silêncios, os saberes e os limites se apresentam ao anjo, ao querubim, ao cão e à mim.

A Melancolia deve ser mais bem vista ai...não mais como um sentimento, mas como o quê mesmo? 

Como uma certa forma de consciência talvez...que se renova a cada vez que a vejo de novo. 

Como o amor é mais evocado e vivente na presença do seu objeto do desejo, ainda que seja lembrado na sua ausência, na sua falta, mas jamais na sua inexistência.

Melancolia....por onde andavas mesmo?

QUANDO ESCREVO PARA VOCÊ

QUANDO ESCREVO PARA VOCÊ

Penso que escrever corretamente é uma atitude de respeito e delicadeza com o próximo. É a mesma coisa que argumentar com clareza e precisão.

Assim, é preciso sim escrever cuidando da pontuação - para ficar mais legível e mais bem escrito. Me dou o direito, de certa forma somente no Facebook e eventualmente no meu blog, por exemplo, por pressa de escrever sem pontuar corretamente usando os três pontinhos, os hifens ou reticências de forma abundante no lugar de pontos, vírgulas e ponto e vírgula. Isso acontece por uma certa euforia que é essencial no meu modo de escrever incessantemente e respondendo abruptamente e por impulso a estímulos, boas provocações, ideias soltas, desafios que fico ruminando as vezes por meses e, em alguns casos, anos. Mas depois em geral corrijo isso, reedito os textos e mesmo republico versões melhoradas deles. É assim que nascem alguns dos meus posts longos e carregados de conteúdos diversos.

Uma vez me disseram que eu escrevia demais e que ninguém ia ler isto. Sim, tem um grupo de pessoas que só querem imagens e memes aqui, mas tenho notado sérias e boas mudanças. Porque há também um bom grupo de amigos e pessoas que não se furtam de escrever posts longos e com argumentos detalhados que já romperam mesmo com a camisa de força – ou disciplinar - dos 140 caracteres. Não sou contra os 140 caracteres do TWITTER por principio. E mesmo algumas vezes fico fazendo o exercício de concisão que eles impõem. Mas vejo que eles obrigam de certa forma a abrir mão de coisas tipo pontuação correta e explicitação mais argumentativa de idéias.    

Mesmo assim, precisamos sim pontuar e grafar o mais corretamente possível nossa escritura. Creio mesmo que, ao contrário do que alguns julgam por ai, é uma tendência se escrever cada vez mais e melhor nas redes sociais e nos blogs. E fazendo um balanço destes meus dez anos de certa freqüência no mundo virtual diria que surge também uma espécie de ética no mundo virtual em relação ao que dizer, como dizer e com que palavras dizer. Assim, a preocupação com a legibilidade e um certo exercício em relação a isso começa a aparecer com mais força, na minha opinião. Ao ficar mais legível facilitamos a compreensão e ao ficar mais bem escrito damos ao leitor o direito de obter algum prazer na sua leitura.

Porque, para mim, escrever é sim um ato de carinho com o outro. E penso que quanto melhor o escrito, maior o carinho. Não gostaria que as pessoas entendessem isto como uma crítica aos textos que elas são capazes de escrever. Na verdade, a gente sabe e não é muito difícil perceber que cada um está em uma etapa da sua escritura por assim dizer. E também há aqueles que querem entrar aqui e sair daqui na mesma. Vejo isso como uma espécie de conformismo e comodismo. Não penso assim, não tiro o direito de pensar assim, mas penso diferente. Olho para a internet e as redes sociais como uma grande ferramenta com um gigantesco potencial comunicativo e transformador sim. Assim, também entendo que cada um encara isto como se estivesse em uma etapa de sua compreensão disto. Alguns estão engatinhando, outros estão evoluindo e outros podem estar em um momento muito superior de suas trajetórias no uso da linguagem e também no pensamento. Mas ninguém evolui de uma ponta a outra deste espectro descrito antes sem estímulos, sem boas leituras, sem boas trocas e diálogos. E também sem uma vontade e uma abertura para isto. Me lembrei de um amigo agora: é preciso apostar para vencer e é preciso apostar com sinceridade e uma pitada de otimismo para vencer junto. 

Cada vez me convenço mais de que o uso correto da linguagem, a honestidade na argumentação e também o cuidado com as palavras com as escolhas de palavras é um ato de respeito com o próximo.

Mesmo que ele não concorde com você. Tento ao máximo seguir isto aqui. E espero que em alguma medida consiga.

Isso é uma coisa que me leva a pensar muito. Eu hoje tenho convicção de que falar, escrever é uma forma de tocar as pessoas. E isso deve ser feito com cuidado e atenção porque as pessoas são sensíveis em seus pensamentos, emoções, vidas e suas formas de ver o mundo. E mudei muito a partir disto.

Então, quando escrevo para você, meu leitor, minha leitora, meu amigo ou amiga, ex-aluno ou ex-aluna, colegas de atividades, colegas de formação, camaradas e companheiros de caminhada política, adversários, conhecidos virtuais e desconhecidos, distantes e próximos, tento mesmo, ao máximo, ter um cuidado, e expressar, mesmo que opostamente ao que você pensa, ideias claras e distintas, sobre as coisas, os assuntos e as matérias de meu interesse.

Te peço que, por qualquer insatisfação ou imprecisão me corrija, me advirta com o mesmo cuidado e delicadeza que dedico a você.

Enfim, quando escrevo para você, tento ao máximo te tocar e te fazer sentir com carinho e sensibilidade algo sobre a possibilidade de uma troca, um diálogo em que nós nos entendamos com clareza ou nos desentendamos com clareza, mas com muito respeito, sensibilidade e precisão.

Você pode até pensar que sofro de uma Síndrome de Pollyanna, de que tenho uma ilusão infantil sobre a possibilidade de nossos atos de fala serem mais compreensivos e mais honestos, mas é exatamente isto que tento atingir.

O laço de sentido que tentamos construir na linguagem deve ser o mais confiável possível  e de certa forma, eu entendo, que toda a nossa possibilidade de uma sociabilidade satisfatória depende dele. Mesmo que existam muitas diferenças entre nós a possibilidade de nos entendermos ou nos desentendermos com clareza é uma pré-condição para podermos viver juntos e cuidarmos uns dos outros. E isso é afinal é o que acontece em uma vida em sociedade.


Um grande abraço amigo....    

DIÁRIO MATINAL

Bom dia...escrevendo sobre minhas aulas, revisando conteúdos e abordagens, procurando dar mais qualidade aos próximos passos e a relação deles com o plano original; revendo algumas abordagens sobre a escritura, o texto e o discurso....relendo Frege, sempre uma grande lição de honestidade intelectual e precisão conceitual e argumentativa...e dando uma revisão em toda a obra do Pink Floyd, por um belo motivo, e em busca de pequenas inspirações musicais....comecei com THE WALL, agora THE DARK SIDE OF THE MOON, e depois segue...pensando também na água,nas emoções, na vida, nos nascimentos, nos banhos, no mar, e na navegação...como erguemos as velas e embarcamos numa viagem que pode levar dez anos? Ulisses...navegar resistindo às pedras no caminho....partir e voltar...inventa um caís...

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

VERITAS TEMPORIS FILIA - UMA DAS MINHAS DIVISAS PREFERIDAS

VERITAS TEMPORIS FILIA

A primeira tradução que conheci foi:  a verdade é filha do tempo.

E é a epigrafe que escolhi para o meu trabalho de graduação em 1993. O significado é que para mim só com o tempo eu saberia o valor do que escrevera. Bem, descobri agora que o valor é praticamente escolar e curricular.

Agora investigando com os recursos que temos com a Internet, Google e Sites vejo que a expressão original era: Veritas temporis filia, non autoritatis.

Alguns dizem que é a frase proferida por Galileu Galilei diante do tribunal da inquisição. E você deve saber que tratava-se ali exatamente disto de um confronto entre a autoridade da Igreja e a Verdade descoberta pela ciência naquela quadra da história.

Quando a usei não sabia e não usei com o complemento: E NÃO DA AUTORIDADE.

Tinha escolhido ela em um manual de latin na época.

Mas gosto muito dela sempre e desde então tenho ela em mente em várias circunstâncias em que é preciso aquela paciência histórica e também uma certa percepção de que os brados de autoridade que hoje quase nos ensurdecem amanhã podem não fazer sentido algum.

E sim, bem isso com o tempo a verdade é descoberta, é revelada e muitas vezes contra a autoridade de então. Esta expressão vale assim também para que aqueles que tem autoridade em determinada circunstância se acautelem no que toca a suas crenças e suas interpretações dos fatos.

Citei ela originalmente como pertencendo a AULIO GELIO. Um romano que foi educado em Atenas e que viveu entre 125 e 180 d.C

SOBRE A POLÍTICA DO ATRASO EM SÃO LEOPOLDO E A ENCHENTE DE NOVO

Cara, não te preocupa com minhas palavras ou posições políticas ou culturais, eu não tenho medo e já querem o meu couro faz muito tempo. Não tenho problema para andar de cabeça erguida, nem dificuldade para me defender, graças aos amigos e aos velhos parceiros. Alguns, inclusive, são hoje bem mais do que amiguinhos ou beócios, são exterminadores de baratas bem profissionais em suas esferas de atuação. Eu amo a política, mas tenho completa aversão a pilantras...

E para mim não tem desculpa: pilantra é picareta. Essa gente, este tipo de pessoa que anda pela cidade fazendo favorzinho ou dando jeitinho na verdade não ajuda ninguém de verdade. Só atrasam a cidade. Vou te dizer que já ouvi até o Waldir Schmidt reclamando deles, já vi o Olímpio reclamando deles e já vi o Vanazzi reclamando deles. São os carrapatos da política leopoldense. Eles são profissionais na pilantragem e no jeitinho e adoram o prestígio e a fama que obtém com isso.

E o povo tem que aprender a ir contra isto. O povo tem que aprender a flagrar este lance e acabar com ele. Se este meu gesto aparentemente corajoso de ter opinião contrária ou posição radical sobre isso encorajar alguém que até então não tem coragem já somos dois então. Quem cuida de imagem é boneco e madame. E eu sou gente comum, tenho nome, sobrenome e vou envelhecer com a mesma cara de sempre e com a mesma profissão.

O amigo acredita que não tem ningume fazendo papel de cínico nisso? ORA PORQUE VOCÊ NÃO VÊ, OU NÃO LÊ, NÃO QUER DIZER QUE NÃO TEM.

Eu vejo e leio por aqui e por ali. Sobre o Vanazzi só te pergunto se estais fazendo um juízo de conhecimento ou de opinião? E nem precisa me responder amigo. Com todo respeito que tenho por você.

Amigo, não adianta ficar chateado comigo, acalma teu coração. Eu não tento – ao perguntar se é questão de opinião ou conhecimento - tirar teu direito a opinião não. Só penso que para fazer certas afirmações é bom ter conhecimento, para evitar ter que corrigir elas por desconhecimento, porque se você opina deve estar aberto a correções por falta de informações ou por informações equivocadas. Senão serei injusto contigo, ao aceitar tuas opiniões sem base fatual ou conhecimento de caso, serei injusto com quem me lê e não darei bom exemplo aos meus alunos. Eu tento ao máximo  educar meus alunos para buscarem a verdade e não somente vencer debates com retórica ou um aparente bom senso. Te quero muito bem apesar disto. Mas não preciso entregar os pontos fáceis por isto, por esta amizade e admiração.

A questão não é morar no Rio, dentro do rio ou fora do Rio dos Sinos na enchente. A questão é qual a política pública que resolve isso.

São Leopoldo não seria nada se o maluco iluminado do Thomas de Lima não tivesse optado por fincar o pé ali no passo. Instalar a banca e a controladoria de fluxos econômicos ali. O desgraçado – afinal o Visconde de São Leopoldo fez de tudo depois para desgraçá-lo - sabia que era área alagável, mas ele tinha um outro desafio. O problema dele era garantir BUSINESS e garantir ARRECADAÇÃO. Já discuti isso na passant com o amigo Marcio Linck que é bem mais historiador do que eu e fizemos isto numa boa.

Não é por nada que SL já foi a segunda e quase a primeira economia deste estado justamente por sua localização e relação com um rio navegável - que entretanto enche, enche e enche. Bem, isso já se passou diversas vezes e dá ate para contar todas as boas e ruins histórias sobre isto.

O que não passou ainda é a falta de vergonha na cara de alguns pilantras. Minha postagem é muito mais pedindo política habitacional para isso do que um pedido de fotos, donativos ou ajuda. As pessoas não precisam mais ser cabresteadas ou ficarem dependentes da bondade das outras.

Isso é vergonhoso e humilhante....

A solução disso é difícil sim, mas ela também depende de conceitos de justiça, competência profissional e de decisão política. Te digo que RECURSOS NÃO FALTAM PARA ISTO, para uma política habitacional que corrija isto. E é só fazer projetos caprichados e aceitar protocolos e exigências institucionais. E parar de fazer política de Mané, botar a culpa nos outros ou dizer que não consegue. Parar de ficar achando e tendo opinião sem saber do que trata.

Com este debate dai entramos num outro departamento que é a QUALIFICAÇÃO DESTA GENTE TODA QUE ENTRA EM GOVERNO, QUE SAI DE GOVERNO E CONTINUA IGUALZINHO COMO ENTROU.

Eu não sou contra CCs, o que me preocupa é a criação, manutenção e vinculação de nababos e inúteis com dinheiro público. Não dá para estes caras ficarem recebendo dinheiro público e salários públicos por 4, 8, 12, 16, 20 anos e não representarem nenhum progresso para a cidade. Não trazerem nada de qualitativo, técnico e mesmo político de caráter superior para esta cidade.

Alguns deles poderiam pelo menos estudar, para serem mais úteis á sociedade e quem sabe não passarem a vergonha de serem demitidos porque não tem qualificação, seja pela nova lei seja pela vergonha na cara de seus empregadores. O que inclui ai alguns dos bonitos da câmara de vereadores. E para eles que não querem progresso é mais fácil e dá menos trabalho fazer esta politiquinha. Mas eles estão somente perpetuando este atraso.


Este me parece ser o quadro geral da catástrofe e do atraso desta cidade. E não adianta ficar brabo comigo porque esta é toda a verdade sobre esta turma que vampiriza São Leopoldo e que vende seu apoio político pelas esquinas, nas repartições e gabinetes. Eu vou aproveitar para pedir que os jovens que estão enfrentando eles façam de tudo para não caírem na mesma. Porque já assisti outros jovens corajosos e idealistas caírem nesta mesmice e acharem que estão ajudando o povo de nossa cidade com esta pequena política.  

ENCHENTE, POLITICAGEM, OCUPAÇÕES IRREGULARES E POLÍTICA HABITACIONAL

ENCHENTE, POLITICAGEM, OCUPAÇÕES IRREGULARES E POLÍTICA HABITACIONAL

Cara...odeio hipócritas, cínicos, oportunistas e ignorantes...sinceramente....e se me enquadrasse em qualquer um destes rótulos me calaria....

A QUANTIDADE DE PESSOAS QUE ESTÃO AGORA COM ENCHENTES EM SUAS CASAS E QUE INADVERTIDAMENTE FORAM MORAR NESTES LOCAIS SÃO SIM RESULTADO DESTA POLITICAGEM DAS BESTAS E BARATAS DE GABINETE E QUE ALGUNS FAZEM ORGULHOSAMENTE EM SÃO LEOPOLDO PARA SE ELEGEREM, PARA SE MANTER NO PODER E PARA TEREM PRESTÍGIO POLÍTICO - E MUITOS QUE NÃO FIZERAM NADA DISTO AINDA SÃO HERDEIROS DESTES GESTOS DE BONDADE - DESTE JEITINHO - DESTE DEIXA QUIETO E ETC - E EM NENHUM CASO AS PESSOAS MORAM EM LOCAIS ALAGÁVEIS POR DESCONHECIMENTO DISTO - EXISTEM RESPONSÁVEIS SIM - E SÃO PESSOAS RESPONSÁVEIS - SÃO GOVERNOS RESPONSÁVEIS - PARTIDOS RESPONSÁVEIS - VEREADORES RESPONSÁVEIS E MILITANTES RESPONSÁVEIS...

Não me admire que com todo estes debate sobre flagelados, enchente, agasalhos, donativos e etc, ninguém fale em POLÍTICA HABITACIONAL, remoção definitiva das pessoas da Rua das Camélias, cito por ser um dos maiores exemplos desta barbaridade, para um local seguro em definitivo...

Ora essa, e a cidade e o governo atual não tem pretensão de construir nenhuma casa mais em São Leopoldo?

Convenhamos...especulação imobiliária é bom - dá dinheiro - saúde privada é bom - dá dinheiro, mas a cidade precisa é de POLÍTICAS PÚBLICAS, não de uma generosidade eventual aqui ou acolá...

Mas que coisa mesmo!!!

SHAKESPEARE - SONETO 66 - ORIGINAL

Tir’d with all these, for restful death I cry,
As, to behold desert a beggar born,
And needy nothing trimm’d in jollity,
And purest faith unhappily forsworn,
And guilded honour shamefully misplaced,
And maiden virtue rudely strumpeted,
And right perfection wrongfully disgraced,
And strength by limping sway disabled,
And art made tongue-tied by authority,
And folly doctor-like controlling skill,
And simple truth miscall’d simplicity,
And captive good attending captain ill:
Tired with all these, from these would I be gone,
Save that, to die, I leave my love alone.

SHAKESPEARE - SONETO 66 - versão minha

Imploro farto pela paz da morte
Para não ver o mérito suplicando
E o nada s exibindo sem respeito
E a fé mais pura levando açoite
E a honra que é ouro, diminuída
E a pureza da virgem violentada
E a reta perfeita envergada
E a força pelo fraco dominada
E a prepotência levar a arte ao fado
E a imposição de regras tolas pelo douto
E a verdade simples jogada ao lado
E o bem passivo de um ativo mal
De tudo farto, morto me encaminho
Mas, morto, deixo meu amor sozinho

SHAKESPEARE - SONETO 66 - VERSÃO DE IVO BARROSO

Farto de tudo, a paz da morte imploro
Para não ver no mérito um pedinte,
E o nulo se ostentando sem decoro,
E a fé mais pura em degradado acinte,
E a honra, que era de ouro, regredida,
E a virtude das virgens violada,
E a reta perfeição ser retorcida,
E a força pelo fraco subjugada,
E a prepotência amordaçando a arte,
E impondo regra o tolo doutoral,
E a verdade singela posta à parte,
E o bem cativo estar do ativo mal:
Farto de tudo, a morte é o bom caminho,
Mas, morto, deixo o meu amor sozinho.

SHAKESPEARE SONETO 66 - VERSÃO DE THERESA CHRISTINA MOTTA

SONETO 66

Cansado de tudo isto, uma morte pacífica imploro:
Para impedir que nasça o mendigo,
E toda a necessidade termine em descaso,
E a fé mais pura seja tristemente preterida,
E a honra vergonhosamente deslocada,
E a virginal virtude rudemente pisoteada,
E a mais completa perfeição erroneamente desgraçada,
E a força desarmada pelo claudicante,
E a arte amordaçada pela autoridade,
E a loucura controlada pela medicina,
E a verdade confundida com a simplicidade,
E o bem cativo atenda à insanidade.
Cansado de tudo isto, disto tudo me afastaria,
Exceto ao morrer de abandonar o meu amor.

J.D. SALINGER: DOCUMENTÁRIO E INÉDITOS

Bom Dia....com todo respeito aos flagelados da enchente, com todo respeito aos médicos cubanos, com todo meu respeito aos debates políticos, com todo meu respeito à presidente Dilma que foi vilipendiada pela oposição e por um diplomata irresponsável, com  todo respeito à nossa greve do magistério do qual já falei muito mais do que muitos que ficam gritando por ai...mas tenho que divulgar isto...

Eu li o APANHADOR NO CAMPO DE CENTEIO e confesso que este livro me marcou com mais uns outros quatro livros na minha adolescência de tal modo que Salinger é sim um assunto de meu interesse como professor, como homem e como ensaísta literário ou esboço de escritor.

Porque sim, o que mais faço é ensaio, não é filosofia TOUT COURT, não é CRÍTICA e talvez seja somente uma forma de opinião que tenta se expressar com carinho ao leitor, balancear as ideias do leitor e tocar afetivamente e politicamente ao leitor.

Considero extremamente importante o que vem vindo por ai de J.D. Salinger, o filme, os textos e livros inéditos deste homem que ficou recluso e escrevendo pro mais de 45 anos.....do ano que nasci 1965 até 2010 - ano de sua morte...e penso que ele deve ter algo muito bom para ser conhecido e compreendido por nós ainda.....então...tá aí....J.D. SALINGER DOCUMENTARY...J.D. SALINGER DOCUMENTARY

terça-feira, 27 de agosto de 2013

SOBRE A GREVE DOS PROFESSORES HOJE


BOM DIA - sou professor estadual fazem 16 anos...

Participei de todas as greves e paralisações. 

Fui Representante de Escola, Conselheiro 1/1000 eleito duas vezes pela base da categoria na região do vale dos sinos para representar os educadores do 14o. Núcleo do Sindicato, e me sinto sempre um sindicalista e não me autorizo a ter conduta contrária às deliberações de assembléia da minha categoria. 

Tudo que os professores estaduais obtiveram foi conquistado com luta, com greve, com paralisação e mesmo com pressão aos governos. Não é verdade o que alguns desinformados ou desatentos dizem de que os professores fazem greve e são sempre derrotados. Quem fala isso não tem noção do que foi conquistado nos governos de Olívio Dutra e mesmo agora com Tarso Genro - e a gente quer mais - e as maldades que foram enfrentadas nos governos de Yeda Crusius e Antonio Britto. O Rigotto nos obrigou a lutar, mas no fundo pouca diferença fez tanto pelo sim como pelo não. A não ser que foram governos de atraso na educação.

Não é muito difícil para um professor verificar o que digo basta fazer uma planilha da evolução dos seus salários no seu próprio contra-cheque. Agora nossa luta é pelo PISO SALARIAL com a MANUTENÇÃO DO NOSSO PLANO DE CARREIRA e vamos conseguir isto. Nenhuma ameça ou terrorismo vais nos impedir de lutar por isto.

Não creio que a nossa prioridade seja o tema do POLITÉCNICO porque as posições contra ele são mais devidas a falta de método, de negociação e de compreensão da educação estadual por parte dos gestores e também, fruto de uma grande resistência a mudança que não foi trabalhada adequadamente por quem pretende liderar a educação estadual.

Sim porque na minha opinião, ao aceitar o cargo de Secretário de Educação ou Secretária de Educação, você não aceita um cargo de gerência técnica ou um prêmio de consagração de sua carreira: você está aceitando a tarefa de liderar de forma democrática e com autoridade política a gestão na educação. Por melhores que sejam tuas razões ou teus conceitos deves ser capaz de argumentar racionalmente e dialogadamente com os educadores. Ser governador ou ser secretário não é - como alguns pensam ou pensaram por ai - ganhar carta branca do povo para fazer o que quiser, como quiser, quando quiser e como entender.

A clareza no conceito te obriga na democracia a ter clareza nos métodos e a respeitar e dialogar com aqueles que pensam diferente. E não tem sido assim não...nem em relação aos educadores, nem em relação às equipes das coordenadorias e aos diretores de escola. É uma pena ter que dizer isto - assim desta forma. Milito na política desde aproximadamente 1977. Vi muitas lideranças surgirem. Ajudei a construí-las. Me orgulho de muitos e muitos. Conseguimos enfrentar com menos força, menos tecnologia, menos conhecimento e menos recursos adversários duríssimos juntos. Realizamos movimento estudantil. Construímos um partido. Fomos derrotados em muitas eleições. Vencemos algumas e também fomos derrotados internamente muitas vezes e assimilamos as derrotas das nossas ideias na perspectiva de que uma mudança vai acontecer e que isso que agora queremos, será possível ali adiante. Ajudamos a construir uma CONSTITUIÇÃO. Defendemos a UNIVERSIDADE PÚBLICA, defendemos MAIS VERBAS PARA A PESQUISA, defendemos A CRIAÇÃO DE MAIS ESCOLAS TÉCNICAS, defendemos que a EDUCAÇÃO BRASILEIRA RECEBA MAIS RECURSOS e tudo isso hoje é fato meu camarada, mas precisamos resolver este método para a DEMOCRACIA AVANÇAR. Precisamos sim de uma REFORMA POLÍTICA. E na minha opinião ela também deve acontecer dentro do meu partido e de muitos partidos e para mim isto esta bem longe de burocratização, cristalização ou vacas sagradas e e bois bentos.

Eu não sou dado a ter medo de futuro ou de política alguma e não admito que se raciocine assim. Porque as maiores derrotas que assisti foram frutos do medo e da conveniência. As coisas podem ficar piores sim. As coisas sempre podem, ficar piores. Eu sei. Mas nós também podemos ficar piores e enfrentar à altura tudo que vier pela frente.

Eu estou em greve e já avisei e vou avisando a todos os meus alunos disso.

Peço que eles não vão para a escola para a poiarem os professores que lutam e ajudem os que tem dificuldades a fazê-lo também de alguma forma....a greve é ABSOLUTAMENTE legítima....foi tirada em assembléia...e ninguém precisa ter medo de nada...

Enfim, qual é a parte de NOS AJUDE nesta luta QUE VOCÊ NÃO ESTÁ ENTENDENDO?

um abração e boa luta a todos....

segunda-feira, 26 de agosto de 2013


"as vezes a negação é uma negação de si mesmo..."


sobre o Nihilismo - prontinho para enfrentar a pedreira do Nietzsche

Um exemplo de ideias filosóficas depositadas em um ou outro lugar, que fora de contexto parecem ter mais sentido e importância do que trivialmente encaradas e lidas apressadamente.

O SOL DE SPINOZA

Que falta nos faz o Sol. Spinoza percebeu a importância da sua presença assim: 

"mais tarde, com efeito, ao saber que o sol está distante mais de 600 vezes o diâmetro terrestre, nós não deixaremos de imaginar que ele está perto de nós; pois imaginamos o sol tão próximo porque ignoramos sua verdadeira distância, mas porque uma afecção de nosso Corpo envolve a essência do sol, enquanto o próprio corpo é afetado por este astro" 

SPINOZA - ETICA

sábado, 24 de agosto de 2013

REDE ELÉTRICA, CÍRCULO E FILOSOFIA DE CHAVEIRO

Bom Dia....amanhecemos sem luz em casa...o disjuntor da entrada desarmou...fiquei pensando e lembrando de coisas que aprendi com meu pai...agora dar uma geral na rede e nas tomadas, lâmpadas e máquinas da casa inteira. 

O Cooler do PC quando liguei girou mal e fazendo aquele barulho que parece uma latinha batendo pode ter sido ele que aqueceu a rede?, não, pouco provável, tenho três outros suspeitos, até o fim do dia a investigação e a reflexão sobre isto termina. É preciso ser metódico e revisar tudo, dividir os problemas em unidades menores possíveis e seguir o princípio da velha lógica de uma rede de distribuição de energia imaginada mentalmente - uma planta mental - seus troncos, suas conexões e terminais e a ligação de cada coisinha que só funciona com eletricidade a sua tomada ou interruptor..as lâmpadas- aquelas pequenas resistências impacientes.

Lembrei da ventoiniha com as pás viradas ou tortas do radiador ao ouvir o Cooler...pela enésima vez disso passo para uma relembrança direta dos anos 70 e as DKWs que meu pai teve e a abertura do capô para  encontrar um motor e suas pás girando. Depois as velhas lembranças da oficina, do galpão do meu avô. Lembro dos diferentes tipos de ventiladores, hélices, discos, rodas, rotores, motores. Lembro que mostrei para a Antônia na semana passada uma das máquinas mais incríveis que encontrei bem cedo na vida: o tomo de oleiro, para fazer vasos de barro, argila ou cerâmica. Milhares de tipos de rodas me vem a cabeça agora. E eu fiquei associando isso à roda da pracinha dos brinquedos onde girávamos quando criança sem parar, a roda gigantes e tudo que você puder imaginar. Dos transferidores em que aprendi a desenhar as órbitas dos planetas, passando pelas lentes do microscópio. Os petits poas em preto e branco do vestido da minha irmã que quase transformavam ela numa dálmata humana. Muitas bolinhas de gude pelo chão. Uma verdadeira viagem por zilhões de imagens de lembranças, conhecimentos, técnicas, utensílios...   

Bem, não é por outro motivo que postei o PI como imagem de fundo do meu perfil aqui porque há uma relação quase sagrada entre um perímetro e um diâmetro de uma circunferência qualquer que é representada por este número e que nos parece quase impossível esgotar. Em 2011 atingiram a série de 10 trilhões de dígitos após a vírgula. 

Ontem no diálogo com os acadêmicos que me acompanham surgiu a questão da relação que o senso comum faz entre filosofia e delírio. Entre um pensamento que fala de coisas intangíveis, ininteligíveis, estranhas e também que beira à poética ou ao puro discurso técnico - dependendo do objetivo e do rigor de quem profere este discurso -  e eu disse simplesmente isso: a velha questão é que o ignorante ou mesmo os gênios desdenham ou negam tudo aquilo que não compreendem. E chamar um discurso filosófico de delírio pode até fazer sentido, porque alguns discursos filosóficos beiram de fato ao delírio, mas não revela nem acertos e nem sequer os erros daquilo que estás endo dito ou pensado, temos que ir para além do juízo definitivo ou mesmo antes deste e procurar compreender o que está sendo posto ali para nossa reflexão, sendo muitas vezes generoso com o interlocutor ou com aquele que expressa tal discurso considerado que talvez lhe faltem as palavras, ou lhe tenha faltado o tempo para desenvolver melhor suas idéias ou seu pensamento de forma integral e completa. 

O círculo nem sempre se fecha com o final da proposição. E muitos autores abrem suas obras com uma chave e ao final não dá mesmo para usar a mesma chave para sair. Tudo - neste caso e através desta metáfora - se passa como se um chaveiro tivesse trocado a fechadura ao longo do nosso percurso pelas ideías desenvolvidas por este autor e na hora de sair precisarmos de outra chave ou que nos perdemos procurando ela ao longo da obra. Indo e voltando. E também ocorre em alguns casos que alguns autores produzem algo que é tão surpreendente que chega a nos aprisionar em suas ideias. Quando leio Platão, Descartes, Kant, Heidegger (Ser e Tempo), Wittgenstein (Tractatus) e alguns outros tenho a sensação de ver uma mesma chave abrindo e fechando. Agora  quando leio algumas outras coisas tipo aqueles textos maravilhosos de Aristóteles, Hegel, Nietzsche, Wittgenstein (Investigações e seus textos publicados postumamente) tenho a sensação de que não há saída possível de que você entra em uma espécie de cilada filosófica. Mas penso que a única forma de se libertar disto é ter consciência deste limite interno à estas obras de que elas são obras in progress - aparentemente acabadas, mas que possuem um movimento interno e uma dinâmica interna que as relaciona tanto com uma tradição anterior quanto com o nosso horizonte de sentido, nosso contexto de interpretação e nossa disposição e generosidade a entender esta ou aquela barbeiragem de pensamento, tradução ou informação que nos falta.

Fiz uma ironia imperdoável de que esta experiência perturbadora para alguns tem dois exemplares magníficos. De uma lado, Nietzsche funciona como uma espécie de abre alas ou porteiro de boate, enquanto o maldito Hegel é o presidente do clube, e é quem manda neste negócio doido de fazer as pessoas ficarem prisioneiros de suas idéias. E você pode verificar facilmente que nenhum Hegeliano se afeiçoa a Nietzsche e nenhum Nietzschiano engole Hegel por um único motivo: ambos precisam sofrer um enraizamento e não o aceitam tão fácil assim. 

Marx percebeu bem mais do que a necessidade de inverter a relação entre ideal e real. Agora, Nietzsche é mesmo um filósofo perigoso: protejam as crianças e todas as pessoas com tendências antissociais ou idealistas. A negação pode ser somente a negação de si mesmo.

Bom dia....que delírio, que viagem, da rede elétrica ao círculo, do círculo à filosofia de chaveiro....

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

SOBRE O PERFIL DOS JOVENS E A CRISE NA SOCIEDADE

Tenho respeito pelo Adroaldo que postou este tema sobre os jovens atuais. E ele não me entendeu como um provocador ou tentando ofender ou atacar o governo do qual faz parte. Ele trouxe à baila um tema realmente importante para mim. Tenho me ocupado bastante come este desafio de compreender os jovens e o perfil deles atual. Tenho pensado muito sobre isto, por ser professor e por ser militante político desde muito jovem. 

Eu recomendaria mais prudência na caracterização do perfil dos jovens atuais. E digo isto porque converso e sou professor de muitos jovens desde 1995. De certa forma esta nova geração que eu caracterizaria como a geração que conquistou, obteve e que usufrui das melhores condições de vida da história do Brasil tem percepções e perspectivas diferentes das nossas. E ela mesma não se compreende tanto assim. Estes dias mesmo em dia´logo com  representantes adaptados no sistema dela eu disse para eles irem com calma na auto-caracterização porque o fenômeno não é tão fácil de ser caracterizado assim.

Penso que temos que ter muito cuidado nisto porque desta caraterização e da qualidade dela vai depender nossa capacidade de diálogo e também de apoio a eles. Eles precisam da nossa compreensão. A Ana tem toda razão a crise não está nos jovens está em nossas gerações. Eu fico muito aborrecido quando vejo os adultos - o que inclui as autoridades locais - metendo os pés pelas mãos com eles sem nenhuma capacidade de diálogo ou de compreensão. Isto é um signo do despreparo e da desqualificação deles. O escândalo ocorrido nos saguão da prefeitura nova deveria levar os adultos e os governantes a refletirem mais sobre si mesmos do que sobre os jovens. E o que ocorreu? O contrário. 

Os adultos se acham providos de certezas e de métodos. Mas bem vistas as coisas os métodos e as certezas não existem. São velhos métodos e só insegurança moral e cultural. E não são só os pais os responsáveis. A sociedade inteira é individualista e indiferente aos jovens. A crítica deveria ser precedida de um espelho sobre a vida que os cidadãos, empresários e as pessoas em geral tem levado amigo. O que inclui ai a responsabilidade política também.  

domingo, 18 de agosto de 2013

SÃO LEOPOLDO CAIU DE NIVEL POLÍTICO 45 ANOS COM ESTE GOVERNO DO PSDB/PMDB?

SÃO LEOPOLDO CAIU DE NIVEL POLÍTICO 45 ANOS COM ESTE GOVERNO DO PSDB/PMDB?

EU FICO MUITO BRABO E REVOLTADO QUANDO FICO SABENDO DESTE TIPO DE COISAS - LUTEI COM MUITOS QUE AQUI ESTÃO HOJE EM REDE SOCIAL POR DEMOCRACIA NESTE PAIS - MAS QUANDO LEIO UM RELATO TRISTE E ATERRADOR DE VIOLÊNCIA POLÍTICA, COAÇÃO INSTITUCIONAL E PERSEGUIÇÃO COMO ESTE ME SINTO MUITO VILIPENDIADO E INDIGNADO - LEIA E PENSE POR SI MESMO: 

Um carta de Bittencourt Carol membra do Bloco de Luta Na Rua São Leo, 

"Comunico com muita tristeza aos meus amigos, familiares, companheiros de luta e todos que me conhecem, que para manter minha família em segurança, estou me retirando do Movimento e do Bloco de lutas na Rua São Leo... 

Gente, eu pensei em várias coisas para falar para vocês, mas no fim das contas, eu perdi tudo dentro da minha própria mente, que por hora se vê totalmente triste e decepcionada... Não é por falta de vontade, não é por falta de amor pela luta, mas é por excesso de amor pelo meu filho e minha família... Ouvi os conselhos de uma das pessoas que mais me ama, que me disse: Carol, te afasta! Bom, eu não tenho muito o que falar sobre a minha decisão... apenas estou agindo por algum sinal que a vida me deu....

Ao Bloco: 

São muitas coisas que penso quando escrevo isso tudo, mas existem coisas meus companheiros que só quem teve a honra de estar lado a lado com vocês nessa luta, conhece.... Admiração, motivação e acima de tudo, troca de conhecimento....E é revoltante que tenhamos que chegar neste ponto, de abrir mão da luta pela falta de respeito, opressão e intimidação dos nossos governantes.... Perseguidos, intimidados, ameaçados, vivendo em tempos, onde as pessoas gritam que vivemos em uma democracia... FALSA DEMOCRACIA! Grite e morra! Mas, pessoas como eu, são fáceis de intimidar, qualquer mãe no meu lugar temeria, presaria pelo seu filho e família.... 

Mas pra encerrar minha fala gostaria de dizer pros companheiros corajosos que vão continuar essa peleia, pra que mantenham o foco, permaneçam na luta, e acreditem esta luta vale a pena, ela é para todo aquele que ainda há de nascer.... Que esta luta ocupe e resista na alma de vocês, que o sentimento de força não se reprima dentro de suas almas, que confiem uns nos outros, porque ainda que o X9 esteja rastejando por entre seus pés, ele é só mais um comedor de bosta, e comedores de bosta, morrem no chão e a união do bloco é que vai prevalecer..."

Então, era isso.... Deixo com vocês, meu amor, minha amizade e todos os bons pensamentos, para que quando a ordem for calar, vocês gritem ainda mais alto! Desculpem minha saída, mas ela se faz necessária no momento! 

“Privatizaram sua vida, seu trabalho, sua hora de amar e seu direito de pensar. É da empresa privada o seu passo em frente, seu pão e seu salário. E agora não contente querem privatizar o conhecimento, a sabedoria, o pensamento, que só à humanidade pertence.”
Bertold Brecht

“Eles fecham as fábricas, nós abrimos. Eles roubam as terras e nós ocupamos. Eles fazem guerras e destroem nações, nós defendemos a paz e a integração soberana dos povos. Eles dividem e nós unimos. Porque somos a classe trabalhadora. Somos o presente e o futuro da humanidade”.  

ISTO É AQUILO QUE OS REBELDES AMERICANOS EM 1776 CHAMAVAM DE GOVERNO INTOLERÁVEL.....

sábado, 17 de agosto de 2013

SIM, EU GOSTO DE CÃES E DE ANIMAIS!!!!!

Para uma amiga que gosta de animais e para todos os amigos e amigas que gostam de animais....mas tá ótimo...uma das coisas que eu mais gosto é de apelidar e batizar..cães, coisas e pessoas...mas sempre carinhosamente....parabéns pela tua defesa e luta em defesa destes animaizinhos....animadíssimos....a vida é maravilhosa em suas formas....eu brinco muito com todos os cães que me passam pelos olhos e que me são próximos e considero que eles são em suas grande maioria atores profissionais muito talentosos e cada um deles possui habilidades...eles aprenderam ao longo de milênios de convivência com nós, inclusive como nos alegrar, agradar e nos ensinar....tenho profunda admiração por eles, vira-latas, de raça, estranhos, belos, diferentes...e vejo nos olhos deles sempre algo meio que indescritível....minha sensibilidade é tocada por eles e espero que minhas palavras te confortem e te toquem no teu amor por eles...sim porque sei que o nome verdadeiro disto é amor..

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

FRIO, CALENDÁRIO ESCOLAR E EDUCAÇÃO NO BRASIL

Entrei numas...em sala de aula a tarde toda com apenas sete alunos...os outros ficaram em casa, não puderam vir ou...pensaram melhor....um frio de rachar...6 graus...sensação térmica de 4...pelo menos a sala de aula está bem limpa e aconchegante....mas é ruim heim..e à noite vai ser pior...quer saber....Tem uma grande discussão que sempre retorna sobre os 200 dias letivos e o calendário escolar...pois eu acho que a nossa herança portuguesa nos faz cumprir cartela em excesso e coim falta de inteligência as vezes - com todo respeito aos portugas (meus ancestrais e colaterais) - nós devíamos lecionar 150 dias letivos, manhã e tarde e escola em tempo integral com mais estrutura - na minha conta pulamos destes 200 turnos para 300 turnos e ensinaríamos muito mais e se acabam com disciplinas de um período para constar no currículo - acabar com este arremedo de ensino médio noturno...cancelar definitivamente todos os feriados mundiais, nacionais, estaduais e municipais - civis e religiosos - e trabalhar mais em formação e preparação dariam três conjuntos de 50 dias letivos e três períodos de recesso no ano...evitando o inverno e o verão num país tropical e subtropical como o nosso...e ampliando a prática de esportes e as atividades culturais...quer saber mais? e vamos dar bolsas de estudos e iniciações para todos os jovens concluírem o segundo grau e se dedicarem exclusivamente aos estudos no Brasil....o frio impõe com o calor a necessidade de pensarmos mais e sair dos artificialismos...vc acha que num dá? tudo bem...dá para debater pelo menos...

P.S.: Sabia que seria polêmico, mas é porque eu só pensei agora..mas é um arrazoado...mistura muitas coisas....mas eu penso que temos que debater igual..a educação precisa de solução, coragem e sair do modelito em que se encontra..estou muito impressionado com as receitas técnicas e com as soluções desconectadas do todo...para mim o problema não é o norte e o sul....coloquei o tema dos feriados porque é ridículo isso...ganharíamos mais inclusive em turismo...penso que os jovens precisam viajar mais...o Brasil não conhece o Brasil e temos que investir nisto inclusive como forma de integração nacional e dissipação desta batelada de preconceitos que os isolamentos promovem..são ideias para o debate...não creio que resolve, mas temos que nos libertar deste formato ruim em que vivemos, numa espécie de automático em que tudo parece derivado racionalmente e é só preguiça mental e pouca disposição para pensar e para mudar realmente...só isso e muito mais...abraços...

SHAKESPEARE PARA LEMBRAR

"Ser ou não ser... eis a questão." [William Shakespeare]

"Nem palavras duras e olhares severos devem afugentar quem ama; as rosas têm espinhos e, no entanto, colhem-se."
[William Shakespeare]

"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que às vezes poderíamos ganhar pelo medo de tentar."
[William Shakespeare]

"Sofremos demasiado pelo pouco que nos falta e alegramo-nos pouco pelo muito que temos..." [William Shakespeare]

"Tem mais do que mostras; fala menos do que sabes."
[William Shakespeare]

"A juventude, ainda que ninguém a combata, acha em si mesma seu próprio inimigo." [William Shakespeare]

"Nada encoraja tanto ao pecador como o perdão."
[William Shakespeare]

"Os atos contra a natureza engendram distúrbios contra a natureza." [William Shakespeare]

"O sangue jovem não obedece um velho mandato."
[William Shakespeare]

"As valiosas presas convertem em ladrões aos homens honrados." [William Shakespeare]

"O cansaço rouca sobre os cascalhos; enquanto a preguiça acha dura o travesseiro de pluma." [William Shakespeare]

"O que agrada de ser adulado é digno do bajulador."
[William Shakespeare]

"Nós devemos nossa vida a Deus, por isso se a pagamos hoje, não a deveremos amanhã." [William Shakespeare]

"Não basta levantar ao débil, há que o sustentar depois."
[William Shakespeare]

"É excelente ter a força de um gigante, mas é tirânico usá-la como um gigante." [William Shakespeare]

"A aprendizagem é um simples apêndice de nós mesmos; onde quer que estejamos, está também nossa aprendizagem."
[William Shakespeare]

"Se dois cavalgam num cavalo, um deve ir detrás."
[William Shakespeare]

"Aquele que morre paga todas suas dívidas." [William Shakespeare]

"As improvisações são melhores quando se as prepara."
[William Shakespeare]

"Em nossas loucas tentativas, renunciamos ao que somos pelo que esperamos ser." [William Shakespeare]

"Anunciai com cem línguas a mensagem agradável; mas deixai que as más notícias se revelem por si sós." [William Shakespeare]

"Ser honrado tal como anda o mundo, equivale a ser um homem escolhido entre dez mil." [William Shakespeare]

"Presta o ouvido a todos, e a poucos a voz. Ouve as censuras dos demais; mas reserva tua própria opinião." [William Shakespeare

"Fortes razões, fazem fortes ações." [William Shakespeare]

"O traje denota muitas vezes ao homem." [William Shakespeare]

"Se quisesses saber como vivem os peixes no mar, é como os homens na terra: os grandes comem aos pequenos." [William Shakespeare]

"Minhas palavras sobem voando, meus pensamentos ficam aqui abaixo; palavras sem pensamentos nunca chegam ao céu."
[William Shakespeare]

"A mente do homem é de mármore; a da mulher de cera."
[William Shakespeare]

"Eu juro que vale mais ser de baixa condição e cercar-se alegremente de gente humilde, que não se encontrar muito encumbrado, com um resplandeciente pesar e levar uma dourada tristeza."
[William Shakespeare]

"Quanto mais talentosa a mulher, mais indócil ela é."
[William Shakespeare]

"O amor alivia como a luz do sol depois da chuva."
[William Shakespeare]

"A fortuna chega em alguns barcos que não são guiados."
[William Shakespeare]

"A consciência é a voz do alma; as paixões, a do corpo."
[William Shakespeare]

"Um homem que não se alimenta de seus sonhos, envelhece cedo." [William Shakespeare]

"Pai prudente é o que conhece a seu filho." [William Shakespeare]

"Seja como for o que penses, creio que é melhor dizê-lo com boas palavras." [William Shakespeare]

"Não sujes a fonte onde aplacaste tua sede." [William Shakespeare]

"É melhor ser rei de teu silêncio do que escravo de tuas palavras." [William Shakespeare]

"Se o dinheiro vai na frente, todos os caminhos se abrem."
[William Shakespeare]

"O amor consola como o resplendor do sol depois da chuva."
[William Shakespeare]

"Assume uma virtude se não a tens." [William Shakespeare]

"Todos amam a vida, mas o homem valente e honrado aprecia mais a honra." [William Shakespeare]

"Oh amor poderoso! Que as vezes faz de uma besta um homem, e outras, de um homem uma besta." [William Shakespeare]

"Somos do mesmo material do que se tecem os sonhos, nossa pequena vida está rodeada de sonhos." [William Shakespeare]

"A memória é o sentinela do cérebro." [William Shakespeare]

"Não temeis a grandeza; alguns nascem grandes, alguns conseguem grandeza, a alguns a grandeza lhes é imposta e a outros a grandeza lhes fica grande." [William Shakespeare]

"O azarado não tem outra medicina que não a esperança."
[William Shakespeare]

"As maldições não vão nunca mais além dos lábios que as proferem." [William Shakespeare]

"A brevidade é a alma do talento." [William Shakespeare]

"Excelente coisa é ter a força de um gigante, mas usar dela como um gigante é próprio de um tirano." [William Shakespeare]

"Se não recordas a mais ligeira loucura que o amor te fez cometer, não amaste." [William Shakespeare]

"Fragilidade tem nome de mulher." [William Shakespeare]

"Num minuto há muitos dias." [William Shakespeare]

"As palavras estão cheias de falsidade ou de arte; o olhar é a linguagem do coração." [William Shakespeare]

"Se todo o ano fosse festa, divertir-se seria mais aborrecedor do que trabalhar." [William Shakespeare]

"O passado é um prólogo." [William Shakespeare]

"O homem a quem não comove o conforme dos sons harmoniosos, é capaz de toda classe de traições, estratagemas e depravações." [William Shakespeare]

"Jamais vem a fortuna a mãos cheias, nem concede uma graça que não faça expirar com um revés." [William Shakespeare]

"Me atreverei a tudo o que possa fazer um homem. Quem se atreve a mais é insensato." [William Shakespeare]

"Quem se eleva demasiado perto do sol com asas de ouro as derrete." [William Shakespeare]

"Choramos ao nascer porque vimos a este imenso palco de dementes." [William Shakespeare]

"Ligeirezas como o ar são para o zeloso fortes confirmações, como um depoimento das Sagradas Escrituras." [William Shakespeare]

"O aspecto exterior prega muitas vezes a condição interior do homem." [William Shakespeare]

"É amor bem pobre o que pode avaliar-se." [William Shakespeare]

"Cuidado para com a fogueira que acendes contra teu inimigo; ela poderá chamuscar a ti mesmo." [William Shakespeare]

"É mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que com a ponta da espada." [William Shakespeare]

"A vida é como um conto relatado por um idiota; um conto cheio de palavreado e frenesi, que não tem nenhum sentido."
[William Shakespeare]

"Os velhos desconfiam da juventude porque foram jovens."
[William Shakespeare]

"Qualquer um pode dominar um sofrimento, exceto o que o sente." [William Shakespeare]

"Não existe nada bom nem mau; é o pensamento humano o que o faz aparecer assim." [William Shakespeare]

"Desperdicei meu tempo, agora o tempo desperdiça a mim."
[William Shakespeare]

"O homem cauteloso jamais deplora o mal presente; emprega o presente em prevenir as aflições futuras." [William Shakespeare]

"A mulher é um manjar digno de deuses, quando não o cozinha o diabo." [William Shakespeare]

"Duvides que as estrelas sejam fogo, duvides que o sol se mova, duvides que a verdade seja mentira, mas não duvides jamais de que te amo." [William Shakespeare]

"Ocorra o que ocorra, ainda no dia mais borrascoso as horas e o tempo passam." [William Shakespeare]

"Na amizade e no amor se é mais feliz com a ignorância do que com o saber." [William Shakespeare]

"Tentando o melhor estragamos com freqüência o que está bem." [William Shakespeare]

"Os covardes morrem muitas vezes antes de sua verdadeira morte; os valentes provam a morte só uma vez." [William Shakespeare]

"O amor dos jovens não está no coração, mas nos olhos."
[William Shakespeare]

"Guarda teu amigo sob a chave de tua própria vida."
[William Shakespeare]


"O resto é silêncio."