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segunda-feira, 1 de julho de 2013

MARINA SILVA E A IDEALIZAÇÃO

Já estão transformando Marina Silva em uma opção. Porque não sofreu desgaste com as manifestações e porque poderia dialogar com o sentimento do povo das manifestações. 

Não sou tão otimista nem creio em uma salvação tão aglutinadora que sobre destas manifestações. Com todo respeito. 

Creio que existe uma idealização em relação à Marina. Para a qual eu não pagaria para ver. Não julgo desimportante a sua liderança, nem a criação do seu partido, mas penso que o recorte correto é outro. 

Penso que o tema principal é mesmo a questão democrática, mas com um viés de responsabilidade e de realismo bem maior agora do que antes. O que alguns chamam de manobra, o tema da Reforma Política, é para mim a melhor chance para mudarmos, pois mesmo Marina será devorada pelo rentismo, corporativismo e pelo poder econômico. 

Este é o grande horizonte hoje. O horizonte a ser ultrapassado na política brasileira.

Podem criticar a Dilma, podem não reeleger, podem culpá-la, mas ela tem razão ao apontar para a REFORMA POLÍTICA como a saída e a melhor condição para mudar o sistema. 

Não adianta mudar personagens se o sistema continuar o mesmo. Se eu fosse a Marina topava a parada da Reforma Política. 

Mas nem ela  Marina e nem o esquerdismo e nem a fatia de uma oposição responsável conseguem fazer isto. 

E você - aqueles que nos leem -  e eu sabemos porque.

Não existe esta figura ideal no cenário político atual. Seria surpreendentemente bom  se existisse. Mas não há. Não há nem a generosidade e nem a compreensão disto. Num cenário destes Dilma acabou sendo a expressão mais real de um  ideal que todos nós gostaríamos que existisse. O ideal de um Brasil melhor e de uma mudança política avessa aos interesses mesquinhos e do poder econômico.

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