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sábado, 4 de maio de 2013

A APOLOGIA DE SÓCRATES: OBRAS DE PLATÃO & OUTROS

Nesta semana que começa segunda-feira dia 6 de maio, vamos iniciar a leitura da Apologia de Sócrates com os alunos e alunas do curso de filosofia.

É, na minha opinião e de muitos outros professores e professoras de filosofia,  um dos melhores textos para se começar na filosofia.

Ela foi escrita por Platão no século IV a. C. e compõe a segunda obra da Tetralogia que Platão escreveu tratando do processo e da despedida de Sócrates. 

1. Eutifron - é um dos primeiros diálogos de Platão, nele Sócrates é livre e se dirige caminhando e dialogando com Eutífron ao tribunal para conhecer as acusações de Meleto, em meio a isto eles tentam estabelecer uma definição para Piedade - haja visto que Sócrates é acusado de ser impío - link para o texto integral: EUTIFRON - PLATÃO;


3. Criton - Sócrates recebe a visita de Críton na prisão e este tenta convencê-lo a fugir, ao que Sócrates argumenta afirmando que esta seguindo a razão e o dever e não a opinião do povo - link para o texto integral: CRÍTON - PLATÃO

4. Fédon - Sócrates à beira da morte e seu discurso sobre a imortalidade da alma, discurso e morte que é  testemunhada por quinze de seus discípulos mais próximos que, a saber,  ApolodoroCritobulo e seu pai, Hermógenes, EpígenesÉsquinesAntístenesCtesipo de PeâniaMenexeno, Símias o Tebano, CebesFedondesEuclides e Terpsião, entre outros - Link para o texto integral: FÉDON - PLATÃO - acompanhado de O BANQUETE, O SOFISTA E O POLÍTICO..

A pintura de 1787 do pintor francês Jacques-Louis David da cena em que Sócrates ingere o veneno de cicuta representa bem o sofrimento, o desespero e a dor dos discípulos frente a morte dos eu mestre e altivez com que Sócrates enfrenta a morte, apontando para o céu na esperança de uma vida melhor após a morte e de uma dignidade garantida pela razão e a sabedoria. Veja:




Vamos tratar apenas de um excerto desta Apologia que está presente na coletânea de textos de Danilo Marcondes: Textos Básicos de filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editores, 2007, pp. 20-22. Obra esta que se encontra distribuída nas bibliotecas escolares de ensino médio de todo o Brasil custeada através FNDE - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, PNBEM 2008, dentro do Programa Nacional de Biblioteca da Escola para o Ensino Médio do Ministério da Educação.

Mas quem quiser ler a obra integralmente ela encontra-se acessível neste link::

Por um lado, recomendo este livro para todos que querem iniciar a leitura de obras de filosofia é, por outro lado, ele é para mim, um marco fundamental no meu encontro com a filosofia, pois foi o meu primeiro texto e me surpreendeu muito quando o li pela primeira vez, ainda que com muita dificuldade e muito impressionado com aquilo que estava escrito ali, um homem se defendendo de acusações, condenado a morte e explicando porque não abandonava Atenas - a pólis em que viveu sua vida - ficava ali e não fugia e, também, porque não tinha nenhum temor em relação à morte. 

Este texto também vale como um grande exemplo para o debate sobre direitos humanos, direitos do cidadão e os limites do estado e da justiça. 

É um clássico exemplo do confronto de um homem com um estado e uma justiça irracionais e movidos pela retórica e pelos argumentos sofísticos, dos quais se servem com abundância para satisfazerem seus interesses e removerem todo e qualquer obstáculo moral que se oponha a eles.

Nos interessa aqui fazer uma boa introdução à personagem de Sócrates e ao seu díscipulo PLatão.

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