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terça-feira, 31 de julho de 2012

O BOM JUÍZO, AUTOCOMPREENSÃO, EDUCAÇÃO ESTÉTICA E POLÍTICA


Algumas pessoas são mais importantes pelo que fazem do que pelo que pensam.

E a gente demora muito tempo para entender e aceitar isto.

Um exemplo disto são os artistas, os escultores, pintores, músicos e também os homens de ação: os políticos.

Sim, meu caro, os políticos.

A gente gostaria que estas pessoas tivessem um pensamento superior, que o seu pensamento refletisse o poder das suas ações.

Mas não, somente as ações delas são superiores.

É como olhar para um herói que não tem consciência do seu próprio heroísmo.

Me lembro aqui de Nietzsche, quando esta verdade é o avesso daquilo que estamos acostumados a esperar.

Queremos que o gênio tenha uma máxima razão, que o herói tenha uma máxima razão, mas isso é incomum.

É mais frequente que a razão deles seja enviesada como que por uma paixão.

O mito do home integral, daquele que reúne muitas qualidades se dissolve na nossa história.


Não encontramos com frequência neles uma compreensão, ou uma clareza de idéias.

Nada daquilo que há de mais nobre no seu gesto ou ação e compreendido por eles num sentido completo.

Se tem o conceito de valor, ocorre lapso de medida e assim vai.

É nós que atribuímos valor às suas ações e eles nos olham surpresos por nosso reconhecimento.

Quando faço constatações como esta volto a pôr água no moinho de uma determinada tese filosófica sobre a necessidade de educarmos a sensibilidade das pessoas.

Não é a lógica brilhante ou a racionalidade soberba que deveria então ser admirada, mas sim a sensibilidade pura, aquilo que nos toca nos gestos de grandeza das pessoas que possuem o dom e a dádiva de agir corretamente guiadas pela boa e sã sensibilidade de delicadeza mais humana.

Humano Demasiado Humano.

Hoje, em outra direção deste mesmo ponto, estive pensando em alguns exemplos que encontrei na minha curta vida e experiência.

Cheguei a pensar - por alguns momentos - que é só no Rio Grande do Sul que você encontra pessoas que ficam aborrecidas com bajulação e elogios vazios de conteúdo, ou seja, pessoas que recusam méritos que julgam não possuir, por mais lisongeiros que eles lhes pareçam.

Mas ora bolas!?

Eu nem conheço toda a humanidade.

Então não posso afirmar isto.

Posso afirmar apenas que conheci homens e mulheres no Rio Grande do Sul que não aceitam em hipótese alguma qualidades e adjetivos que não lhes cabem.

E olham desconfiados para elogios vazios de conteúdo.

Parece que há subjacente a isto um gosto pela verdade.

Uma necessidade do bom juízo.

Uma exigência suprema de m´perito real e verdadeiro.

Deve ser um  bicho que não se contenta com um mérito fortuíto, com um prêmio injusto.

Quer olhar para si mesmo e dizer: foi merecido!

Estou aqui postando idéias - com o doce acento e o suave peso do ser que é e que ias ser - e alguns podem pensar que isto é filosofia, que aquelas esculturas ali embaixo são um alento no banho de imagens políticas do facebook ou do meu blogue agora.

Mas há uma incompreensão nisto.

Quem disse que não estou fazendo política com idéias e formas estéticas tão perigosas quanto santinhos, números, siglas e promessas aqui?

As pessoas deveriam pensar mais aonde o artista e o pensador realmente quer chegar ou nos levar com seus gestos e obras.

Mesmo que ele negue isto, que ele negue o caráter político de seu gesto.

FREUD sobre o Moisés de Michelangelo: 

“as obras de arte exercem sobre mim um poderoso efeito, especialmente a literatura e a escultura e ,com menos, freqüência, a pintura. Isto já me levou a passar um longo tempo contemplando-as, tentando apreendê-las á minha própria maneira, isto é, explicar a mim mesmo a que se deve o seu efeito (…) Uma inclinação psíquica em mim, racionalista ou talvez analítica, revolta-se contra o fato de comover-me com uma coisa sem saber porque sou assim afetado e o que é que me afeta”

Percebemos a grandeza portanto e isto é um bom juízo.

Ou seja a ação, o gesto ou a obra impõe um valor que ultrapassa o agente e nos atinge em cheio. 

SOBRE A EDUCAÇÃO ESTÉTICA, O BOM JUÍZO E A POLÍTICA: OU COMO UMA ESCULTURA ME IMPÕE A AÇÃO?

Algumas pessoas são mais importantes pelo que fazem do que pelo que pensam.

E a gente demora muito tempo para entender e aceitar isto.

Um exemplo disto são os artistas, os escultures, pintores, músicos e também os homens de ação: os políticos.

Sim, meu caro, os políticos.

A gente gostaria que estas pessoas tivessem um pensamento superior, que o seu pensamento refletisse o poder das suas ações.

Mas não, somente as ações delas são superiores.

É como olhar para um herói que não tem consciência do seu próprio heroísmo.

Me lembro aqui de Nietzsche, quando esta verdade é o avesso daquilo que estamos acostumados a esperar.

Queremos que o gênio tenha uma máxima razão, que o herói tenha uma máxima razão, mas isso é incomum.

É mais frequente que a razão deles seja enviesada como que por uma paixão.

O mito do home integral, daquele que reúne muitas qualidades se dissolve na nossa história.


Não encontramos com frequência neles uma compreensão, ou uma clareza de idéias.

Nada daquilo que há de mais nobre no seu gesto ou ação e compreendido por eles num sentido completo.

Se tem o conceito de valor, ocorre lapso de medida e assim vai.

É nós que atribuímos valor às suas ações e eles nos olham surpresos por nosso reconhecimento.

Quando faço constatações como esta volto a pôr água no moinho de uma determinada tese filosófica sobre a necessidade de educarmos a sensibilidade das pessoas.

Não é a lógica brilhante ou a racionalidade soberba que deveria então ser admirada, mas sim a sensibilidade pura, aquilo que nos toca nos gestos de grandeza das pessoas que possuem o dom e a dádiva de agir corretamente guiadas pela boa e sã sensibilidade de delicadeza mais humana.

Humano Demasiado Humano.

Hoje, em outra direção deste mesmo ponto, estive pensando em alguns exemplos que encontrei na minha curta vida e experiência.

Cheguei a pensar - por alguns momentos - que é só no Rio Grande do Sul que você encontra pessoas que ficam aborrecidas com bajulação e elogios vazios de conteúdo, ou seja, pessoas que recusam méritos que julgam não possuir, por mais lisongeiros que eles lhes pareçam.

Mas ora bolas!?

Eu nem conheço toda a humanidade.

Então não posso afirmar isto.

Posso afirmar apenas que conheci homens e mulheres no Rio Grande do Sul que não aceitam em hipótese alguma qualidades e adjetivos que não lhes cabem.

E olham desconfiados para elogios vazios de conteúdo.

Parece que há subjacente a isto um gosto pela verdade.

Uma necessidade do bom juízo.

Uma exigência suprema de m´perito real e verdadeiro.

Deve ser um  bicho que não se contenta com um mérito fortuíto, com um prêmio injusto.

Quer olhar para si mesmo e dizer: foi merecido!

Estou aqui postando idéias - com o doce acento e o suave peso do ser que é e que ias ser - e alguns podem pensar que isto é filosofia, que aquelas esculturas ali embaixo são um alento no banho de imagens políticas do facebook ou do meu blogue agora.

Mas há uma incompreensão nisto.

Quem disse que não estou fazendo política com idéias e formas estéticas tão perigosas quanto santinhos, números, siglas e promessas aqui?

As pessoas deveriam pensar mais aonde o artista e o pensador realmente quer chegar ou nos levar com seus gestos e obras.

Mesmo que ele negue isto, que ele negue o caráter político de seu gesto.

FREUD sobre o Moisés de Michelangelo: 

“as obras de arte exercem sobre mim um poderoso efeito, especialmente a literatura e a escultura e ,com menos, freqüência, a pintura. Isto já me levou a passar um longo tempo contemplando-as, tentando apreendê-las á minha própria maneira, isto é, explicar a mim mesmo a que se deve o seu efeito (…) Uma inclinação psíquica em mim, racionalista ou talvez analítica, revolta-se contra o fato de comover-me com uma coisa sem saber porque sou assim afetado e o que é que me afeta”

Percebemos a grandeza portanto e isto é um bom juízo.

Ou seja a ação, o gesto ou a obra impõe um valor que ultrapassa o agente e nos atinge em cheio. 

PRAÇA DO IMIGRANTE DE SÃO LEOPOLDO: PEQUENA MEMÓRIA


A Praça do Imigrante fica situada na primeira quadra à direita da Rua Independência, antiga Rua do Passo ou Rua Grande. O local é destinado a ser praça desde a primeira planta de traçados das ruas da cidade de 1833, feita por Tito Lívio Zambeccari.

Em !923, o intendente Mansueto Bernardi (ex-interventor, eleito Intendente pelo PRR), seu adjunto Frederico Wolfenbuttel, e os conselheiros do município, em especial destaque o Dr. Arthur Ebling (que será prefeito em 1946) que apôs diversas sugestões. Em discussão eles propuseram comemorar o Centenário da Imigração Alemã. A partir disto foi fixada a fonte de receitas e então, no ensejo das comemorações, foi construída a praça que vemos hoje entre 1924 e 1934. Com o objetivo de comemorar o Centenário da Chegada dos imigrantes alemães a São Leopoldo em 25 de julho de 1824. Para construí-la foi feito primeiro o Monumento, inaugurado em 20 de setembro de 1924 (inconcluso). Depois foi necessário um cais, concluído em 1928 e o posterior aterramento da quadra inteira em 1930, após isto em 1934 foram concluídas as obras de ajardinamento e de calçamento e colocados uns 50 bancos metálicos que mais tarde, nos anos 40, foram substituídos por 54 bancos de concreto armado que, ainda, em menor número, se encontram na praça.

Assim, para construí-la do projeto inicial à finalização levou-se dez anos. Os intendentes que levaram à cabo esta obra foram: Mansueto Bernardi 1923-1924, Frederico Wollfenbuttel, interino em 1924, João Correa da Silva 1924-1928 e Theodomiro Porto da Fonseca 1928-1934. Nos dias de hoje isto parece uma eternidade. Mas para a época a construção dos cais, o aterramento e ajardinamento importavam em investimentos de muitos recursos, transporte de materiais e do uso de mão de obra, combinado com o controle da sazonalidade de cheias e estações chuvosas à margem do rio.  
A história daquele local confunde-se, portanto, com toda a história da cidade, pois ali ficava a antiga e histórica Rua do Passo, local onde era feita a travessia do Rio dos Sinos, ou seja, o ponto mais raso entre as margens do rio que permitia a passagem de cargas, gado, cavalos e carroças em períodos de estiagem ou baixio do rio. Mais tarde em 1873 foi construída a primeira ponte – hoje designada Ponte Velha, o primeiro Tombamento do IPHAE em 1980.
A sua inauguração foi uma importante festividade e, segundo relatos colhidos pelo Prof. Dr. Martim Dreher e pesquisa de Roswithia Weber foi feita com grandes festejos que se iniciavam por alvorada festiva e terminavam com Baile Municipal, sendo delegações de autoridades estaduais e consulares recebidas na Estação de Trem e acompanhadas com Bandas de Música até o local da inauguração. A inauguração do monumento também foi retardada, segundo este reconhecido historiador, para permitir os festejos sem chuva e sem enchentes do mês de julho de 1924 para setembro de 1824. E mais tarde em 1934 foi feita a inauguração da praça como Praça do Centenário com todo o ajardinamento do seu entorno.

De lá para cá a praça sofreu poucas alterações. A vegetação de arbustos e cercas vivas hoje praticamente inexiste e hoje há na praça um conjunto de aproximadamente 30 árvores frondosas e altas que sombreiam todos os seus passeios e o monumento também. O monumento ao Imigrante requer cuidados em relação a vegetação rasteira que vez por outra procura tomá-lo e, ao mesmo tempo, requer cuidados quanto ás suas imagens como veremos em seguida que já foram objeto de vandalismo em 2007. Também haviam originalmente na praça uma quantia de 54 bancos moldados em concreto em padrão bem específico desta praça que precisam ser refeitos. Os passeios parecem precisar ser restaurados e os desenhos de calçamento originais bem como a manutenção do chafariz principal e do aquário ao fundo do monumento também precisam ser refeitos. Ao mesmo tempo parece necessário dar melhor iluminação aos monumentos e aos passeios da praça com instalações subterrâneas. Em algumas fotos antigas vemos a praça toda iluminada e parece que eram muito freqüentes momentos festivos e cerimônias festivas realizadas naquele local. É preciso informar aqui – para todo efeito – que os antigos caramanchões que ficavam à beira rio foram removidos em virtude da construção dos diques de contenção das cheias nos anos 70. E, por fim, que a calçada da praça que faz à Avenida Dom João Becker sofreu uma redução de aproximadamente um metro.   

Neste SÁBADO DIA 04 DE AGOSTO DE 2012 SERÁ REALIZADA CERIMÕNIA OFICIAL DE ENTREGA DO PEDIDO DE TOMBAMENTO DA PRAÇA DO IMIGRANTE, POR PARTE DO PREFEITO MUNICIPAL ARY JOSÉ VANAZZI A SENHORA ANA LÚCIA GOELZER MEIRA DO IPHAN

FONTE:

MULLER, Telmo Lauro. Monumentos em São Leopoldo. São Leopoldo: Edição do Autor, 1979, 83 p. (em especial pp.07-19.) 

domingo, 29 de julho de 2012

SOBRE DISCURSO POLÍTICO

Como é delicada e sútil a diferença entre um discurso que exprime equilíbrio entre emoção e racionalidade e um discurso que parece apenas esclarecer os seus ouvintes dos seus propósitos....e como é importante aprender a surpreender os ouvintes para obter deles uma adesão simpática e ser capaz de manifestar empatia com os sentimentos deles, com a vida deles, o assentimento as vezes provém não de quem ouve o discurso, mas justamente de quem o profere...na política antes de ensinar o povo precisamos aprender com ele...e ele que nos diz o que quer ouvir com o seu comportamento e a sua audiência...

O PROFESSOR PASTINHA


Da discussão da semana passada sobre a crise na educação.

O professor pastinha. Você deve conhecer um.

E ele entra na escola correndo, vai para a sala de aula correndo, abre a pastinha...faz a chamada e dá a aula, fecha a pastinha e vai embora correndo, sem nenhum envolvimento com as outras dimensões da escola.

E - antes que alguém diga que é porque dá aula em três escolas, eu digo, mesmo quando leciona em uma só instituição 40 horas, faz a mesma coisa.

É uma pequena porque ele é um importante profissional que não dá conta da dimensão social e coletiva do seu trabalho.

Assim precisamos conquistar o Professor Pastinha para o trabalho coletivo na escola.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

"HÁ UM HOMEM PELAS RUAS" : Sérgio Jockyman


“Há um homem pelas ruas. 

(artigo escrito para o jornal Diário de Notícias em 25/08/1954)


Muitos estiveram junto dele e não o viram. Muitos tocaram suas mãos e não o sentiram. Muitos desejaram suas palavras, mas não o ouviram. Muitos juram que ele não existe, mas há um homem pelas ruas. Ele estava na frente do povo na terça-feira. Ele subiu também as escadas, comandando a revolta. Ele rompeu as portas, ele destruiu e queimou junto com o povo. Muitos falavam no seu nome, mas ninguém o viu. Quando muitos choravam eram dele as palavras de consolo. Só ele sabia que a revolta também era um pranto. Só ele sabia que aquele povo que depredou e destruiu estava apenas à procura de justiça.

Há um homem pelas ruas. Um homem que sabe que foi melhor trocar fogo e destruição por sangue e sacrifício. Onde estava ele? Andou pelas favelas de Recife, pelas ruas estreitas de São Luiz, pelo asfalto do Rio, pelos arranha-céus de São Paulo, pelas ruas de Porto Alegre. Quando o povo recuava diante dos fuzis e das baionetas, ele sorria.

Há um homem pelas ruas que não teme metralhadoras, que não teme fuzis, que não teme baionetas.

Ele estava na mira de todas as armas, mas inatingível para todas elas. Passou com um sorriso pelos tanques, e com um sorriso tocou o cano das metralhadoras. Detiveram o povo com fileiras de soldados, mas ele passou incólume por elas.

Há um homem pelas ruas, que não poderá mais ser detido com exércitos.

Há um homem pelas ruas, que não poderá mais ser preso ou sacrificado. Cautela com ele. Ele deverá votar em todas as urnas do Brasil. Mesa por mesa, secção por secção. Seus votos se multiplicarão e são uma garantia de vitória.

Há um homem pelas ruas que vai ser o mais votado do Brasil. Embora as leis eleitorais o proíbam, ele será candidato milhares de vezes para milhares de postos. Seu nome figura nas listas de candidatos à Assembléia Legislativa, mas também nas listas de candidatos à Câmara Federal. Ele é candidato a todas as cadeiras do Senado, a todos os governos estaduais do Brasil. Não há máquina política, nem publicidade ciclópica que o possa vencer.

Há um homem pelas que ruas que vai transformar as eleições de outubro. Os que o conhecem dizem seu nome com devoção e não há propaganda que possa mais que esse sentimento.

Há um homem pelas ruas acima das leis, acima dos regulamentos. Ele vai despertar um por um daqueles que um dia ouviram seu nome. E muitos daqueles que desgostaram seu nome passarão a venerar a sua memória. Nenhum cabo eleitoral distribuirá tantas cédulas quanto ele. Entre ricos e pobres, entre homens e mulheres, entre jovens e velhos estará o seu nome. Ainda existirá alguém que o persiga. Mas por mais que procure, por mais que busque e investigue, não o encontrará.

Cerrarão as portas e assim mesmo ele entrará. Deixarão guardas, mas assim mesmo ele passará. Dirão e escreverão que ele não é bom, mas ninguém acreditará. E durante muitos anos, aqueles que veneram o seu nome terão o poder e a glória.

Muitos baterão no peito e dirão: eu fui seu amigo. Mas ele desvendará as intenções, e todos os seus saberão que aqueles mentem. Embora ele sorria, os seus inimigos tremerão. Ele deitou a confusão entre os que o procuravam e combatiam. E quando disseram: ele não mais existe, ele os destruiu.

Há um homem pelas ruas. Muitos poderão falar e aconselhar, pedir e admoestar, mas só ele poderá dar ou tirar a ordem e a tranqüilidade. Não há bala que o atinja, não há calúnia que o fira. Virão novos Presidentes, mas ele será o único existente. Muitas vidas passarão, mas ele não perecerá.

Há um homem pelas ruas além da vida, além da morte, além do tempo. Há um homem que descerrará os portões dos quartéis e sem uma palavra desarmará as mãos que se erguerem contra ele.

Há um homem pelas ruas mais forte que exércitos, mais forte que leis, mais forte que os Partidos, mais forte que laços de sangue, que sentimentos de pátria. Chamava-se Getúlio Dornelles Vargas, hoje não se chama mais. Pode ter errado, pode ter caído não uma, mas várias vezes, pode ter feito tudo o que dizem, tudo o que ainda dirão, mas nada disso importará.

Há um homem pelas ruas que se chamava Getúlio Dornelles Vargas, mas hoje não se chama mais. Os que procuram um nome poderão dizer que ele é: revolta, justiça, ideal, ação ou qualquer outra palavra. Mas, embora podendo ser tudo que dizem, na verdade não o é. Os que o adoram, os que simpatizam com ele, os que o lamentam, os que se apiadam dele não o vão recordar por ter sido Getúlio Dornelles Vargas, não por ter sido Presidente do Brasil, não por ter sido chefe de Partido, não por ter sido líder de qualquer coisa, mas simplesmente por ter sido um homem.

Há um homem pelas ruas… mais forte que o tempo, mais forte que a vida. Um homem que se chamou Getúlio Dornelles Vargas, mas que hoje não se chama mais. Chama-se apenas: um homem”.

domingo, 22 de julho de 2012

VINCULO DO ALUNO COM A ESCOLA E CONHECIMENTO DO ALUNO: PEQUENA NOTA

Pequena nota sobre a educação: a gente estuda para ser professor, aprende um monte de coisas, mas tem algo mais simples que qualquer conteúdo, que qualquer método, algo mais trivial, mas não menos importante - estabelecer vínculos dos alunos e alunas com a escola, papel de todos os trabalhadores em educação & conhecimento dos alunos, saber quem eles são, o que eles pensam, como vão as coisas, o que anda acontecendo....isso é talvez o melhor caminho para obter melhores resultados de aprendizagem, disciplinares e combater tanto a evasão, quanto a reprovação. Aqui, como lá em cima na teoria filosófica do reconhecimento recíproco - que tanto me estimulou a pensar a ação política - voc~e só precisa começar por um gesto, o olhar e a empatia do olhar. Humanizar a educação é uma grande tarefa.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

MINHA CONFISSÃO RELIGIOSA: PRIMEIRA

Tenho uma rígida formação religiosa.

Fruto de leituras da Biblia e depois de pequenos estudos e convivência com religiosos.
Tenho minha fraquezas como todos nós.

Penso inclusive que tenho a obrigação de ser feliz.

Mas sei que ele, o altíssimo, também é bem duro

E, pensando bem, tenho até vergonha de pedir certas ajudas para ele.

Quando a gente erra muito por exemplo.

Então tento pedir somente num momento em que não depende mais de mim e da força de vontade das pessoas.

E tenho até vergonha de pedir as vezes e por isto fico calado.

Não quero queimar meu filme com ele.

Tento ser um bom menino.

Admito, todavia, que também não tenho o direito de julgar os outros em sua relação com ele, não me cabe isto nesta passagem.

Cada um tem uma vida.

E que cuide bem dela e dos seus.

Tente viver sem praguejar ou reclamar.

Eu tento agradecer muito esta vida.

Amo esta vida, com todo sofrimento que há na minha volta e pelo que passei já. O que considero pouco comparado com muitos irmãos meus.

Acho a vida uma dádiva.

Não peço nada.

Peço a benção aos padres que conheço e respeito todos os pastores.

Respeito qualquer pastor e crente.

Reconheço humildemente que cada homem precisa de um tipo de muleta para andar neste mundo.

Assim, apesar de tudo tento ser feliz sim.

Também acho que ele é muito ocupado com gente que não ajuda muito as coisas a darem certo.

Assim, sou bem acanhado nos meus pedidos.

E bem responsável mesmo.

Nunca senti falta do amparo dele em momentos difíceis.

Então fico bem quietinho e não reclamo mesmo.

Bem, cada um sabe de si.

Eu mesmo tenho as minhas muletas ali atrás da porta e na prateleira de livros.

E perdôo ao máximo todos. Sei que preciso aliviar a tensão.

domingo, 15 de julho de 2012

SOBRE MEU PERFIL POLÍTICO NO FACEBOOK


Algumas pessoas nos adicionam aqui e, infelizmente, não se dão conta da importância que nós realmente damos para as idéias e as pessoas.

Também não se dão conta de quem realmente somos. Recomendo que vejam meu mural. quem eu realmente sou está ali. Podem aparecer versões melhores por ai. E podem aparecer piores também. Mas isso você deve julgar, por si mesmo.

Eu entendo que devo aceitar as pessoas como elas são, ou simplesmente não aceitá-las aqui.

E entendo também a diferença entre o meu mural e aquela coisa ali chamada PÁGINA INICIAL que é uma espécie de roller com tudo que meus quase 3.500 amigos postam.

Eu posso não gostar, posso curtir e posso compartilhar, posso também debater o que eles postam ali, ou não. Sou livre para isto e eles também.

Mas eu acho estranha também esta coisa meio maníaca que virou isso aqui agora no período eleitoral. SE POSTAR PROPAGANDA TE EXCLUO!!!

Ok...tudo bem podes fazer isso. Este juízo é seu. E se estiver errado é seu também.

Eu vou sim postar algumas coisas de campanha política, não com a abundância que alguns amigos gostariam, mas vou.

Como não iria postar? Uma das coisas que mais lutei na minha vida é pela democracia e faço isto até hoje em todos meus espaços de atuação - e que são muitos mesmo.

Isto me levou a militar em um determinado partido, construí-lo, debater suas propostas, criticá-lo em suas instâncias internas e defendê-lo.

E também me levou a ter experiências maravilhosas de ver alguns sonhos coletivos serem possíveis em diversas dimensões da vida do nosso povo.

Eu não diria mais com toda a convicção de que seremos perfeitos ou infalíveis, mas eu diria com toda a convicção que tentamos sim com todos os nossos melhores esforços acertar em gestão pública, comunitária e em qualquer entidade social.

E garanto que minha escolha de candidatos é muito orientada por isto. Assumo toda a responsabilidade pelas minhas escolhas e me lembro de cada voto que dei nos últimos 26 anos. Sim. Comecei a votar com 21 anos em 1986.

E não me arrependo de ter apostado nas pessoas que apostei. Hoje a cada dia que passa algumas delas vão mostrando muito bem a que vieram. Não são perfeitas, não são infalíveis, mas trabalham sim para acertar. E, para o meu orgulho, muitas vezes acertam.

Mesmo quando elas não me satisfazem neste ou naquele ponto eu mantenho meu apoio, porque quando as escolhi decidi também que poderia brigar com elas a hora que quisesse e vezenquando mando sinais bem densos de fumaça para eles.

Ontem mesmo um energúmeno me comunicou que ia me excluir por que veiculei na linha algumas fotos de uma grande candidata a vereadora aqui de São Leopoldo. A Dolores. Lamentei, mas dei adeus, após ele sair recebi cinco pedidos de amizade.

As pessoas vão demorar para entender isto aqui como uma possibilidade também de construção de uma ética social de outro nível..eu acho que vai dar.

Na média e na máxima a razão vence.

Tenho inclusive excluído imbecis sem aviso também. Até porque nenhum deles me avisou que era um imbecil.

E o meu critério para isto é algo como POSTOU COISAS APELATIVAS TÁ FORA.

Assim vou postar coisas políticas aqui sim, mas tentarei não ser apelativo e ser o mais honesto que consigo ser com minha kodesta inteligência.

Para concluir.

Você conhece Vereadora Dolores Pessoa ???

Pois bem, eu conheço e defendo que ela seja eleita, na próxima postagem darei os meus motivos. Se você aceitar tudo bem, se você não aceitar tudo bem também, podemos continuar amigos e nos respeitando tranquilamente.

Um grande abraço amigo.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

DISTANCIAMENTO DO OBJETO E REFLEXÃO: NIETZSCHE

"Faz toda a diferença do mundo se um pensador está em relação pessoal com seus problemas, nos quais ele vê seu destino, sua necessidade e mesmo sua felicidade suprema, ou se só pode sentí-los ou compreendê-los impessoalmente com os tentáculos do pensamento frio e perscrutador."

Friedrich Nietzsche

domingo, 8 de julho de 2012

GENEROSIDADE E CETICISMO

Só acredita na generosidade dos outros seres humanos aqueles que são também capazes de serem generosos. É uma das descobertas que divide o mundo para mim. Assim o individualismo fica evidente no ceticismo, anarquismo e nihilismo de algumas pessoas. E aquela pseudo perspectiva crítica se transforma somente numa descrença, em uma negação da esperança no outro. Entendo porque é tão difícil assim conquistar, construir e conservar amigos e amigas de verdade. Você é um cético social e se acha extremamente racional, mas não julga que o pano de fundo da tua racionalidade é somente uma práxis não cumprida, sem credibilidade a priori.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

OS MONUMENTOS DA IMIGRAÇÃO ALEMÃ DE SÃO LEOPOLDO: PEQUENA RESPOSTA E NOTA



Me consultaram esta semana sobre dois Monumentos da Imigração Alemã de São Leopoldo, do Sesquicentenário localizado na Praça 20 de setembro e o do Centenário localizado na Praça do Imigrante. 


A melhor obra sobre os monumentos de São Leopoldo:

MULLER, Telmo Lauro. Monumentos em São Leopoldo. São Leopoldo: sem editora,1979, 83p.

1. lá temos entre as páginas 39 e 53 todas as informações sobre o "Monumento do Sesquicentenário da Imigração Alemã" (este é o nome);

Os autores do projeto e que acompanharam a execução são: LUIZ CARLOS PEREIRA REGO XAVIER  em colaboração com VASCO PRADO (p.48).

O único registro que encontrei de Luiz Carlos Pereira Rego Xavier na internet foi de que o mesmo faleceu em Santa Catarina no ano passado "com pesar que comunicamos o falecimento do tenista LUIZ CARLOS PEREIRA REGO XAVIER (XAXÁ). O Sr. Luiz faleceu hoje às 02:30h, após árdua batalha contra o câncer. O corpo será velado na Capela Marfim do Cemitério Jardim da Paz, em Florianópolis, onde será sepultado às 17:00h do dia de hoje, 27/07/11"Confederação Brasileira de Tênis.
Já sobre Vasco Prado existem abundantes registros.

O nome fantasia do monumento para efeitos de apresentação no concurso era GILT - uma  curiosidade - a "Porca". Talvez por causa dos arcos no entorno de um eixo. 

A inauguração foi no dia 21 de dezembro de 1974, às 10 horas da manhã;

2. sobre o "Monumento em Homenagem aos Primeiros Imigrantes Alemães" (designação do edital de concurso, p. 8), temos também o que segue:

- o autor do projeto segundo MULLER é Walter Drechsler como vencedor do concurso de projetos, mas esta é uma conclusão de MULLER que ele mesmo indica a partir de algumas pistas que encontrou em jornal da época e em publicidade da época (ver p. 11.) - adiciono que pesquisando sobre o tema em geral encontrei referência a um tal Germano Dreschler & Filhos cito: "Germano Dreschler & Filhos, modeladores e construtores, transferiram-se para Porto Alegre em 1910 vindos dos Estados Unidos. Eram naturais da Alemanha, sendo Germano Dreschler formado na academia de Belas Artes de Berlim e seu filho, Walter Dreschler, na Escola de Dresden." (in: http://companhiaarte.blogspot.com.br)

( nota: Neste site há um monumento em Homenagem ao Barão do Rio Branco cujo detalhe da escultura do mesmo e a forma do mesmo é similar a figura do colono na face sul do nosso monumento.)  

Para todo efeito sugiro que vamos confiar nesta edição da obra em MULLER no que toca ao Sr. Walter Drechsler e manter a grafia de Muller também.

- o nome do Monumento deve rá ficar "Monumento do Centenário" pois é com este nome que consta no programa das festividades.....mas penso que é também tolerável chamá-lo de Monumento do Centenário da Imigração Alemã, para não deixar vago a que centenário se refere em obra publicada e também porque coaduna com o nome do edital acima;  

- a inauguração foi no dia 20 de setembro de 1924 as 17:00 horas.

Por fim, uma dúvida somente. Quando vocês me pedem o idealizador, pedem quem concebeu as formas do monumentos ou quem concebeu a ideia de fazê-los?

No primeiro caso são os nomes acima, no segundo caso: 

- para o Monumento do Centenário da Imigração, em 1923 Mansueto Bernardi então intendente municipal apresentou um plano de cinco pontos para a comemoração do Centenário onde consta a ideia de fazer um monumento. 


Supõe-se que este plano foi concebido em seu gabinete junto de sua assessoria ou secretariado de então, e devemos citar aqui o Sr. Frederico Wollfenbuttel que era o vice-intendente na época.


Bem como, com mais detalhe, cita e faz referência Muller ao Sr. Arthur Ebling foi quem concebeu a ideia do monumento ou a ideia de "levantamento de um pequeno obelisco tendo na base 4 placas de bronze com as efigies de Dom Pedro I, do Visconde de São Leopoldo, do Dr. João Daniel Hillebrand e de uma figura alegórica representando a agricultura" MULLER, p. 7.

No que toca ao Monumento do Sesquicentenário a odeia de concebê-lo surgiu já a partir do Decreto do Governador do Estado Sr. Euclides Triches, provavelmente concebido em sua administração, em especial pela Secretaria estadual de turismo de então. Deve constar aqui que este decreto versava sobre sesquicentenário da imigração alemã e o centenário da imigração italiana também

quinta-feira, 5 de julho de 2012

SOBRE AS INFLUÊNCIAS CULTURAIS DO RIO GRANDE DO SUL: PEQUENA NOTA BREVE

Positivismo, tradicionalismo e regionalismo

Três faces de um prisma riograndense.

A primeira face me parece apenas complementar ao fato de que um território em disputa gera maior rigidez e resistência em relação a diversidade cultural.

Fosse um território somente intermediário ou comercial haveria uma integração étnica capaz de impedir tamanha resistência.

Mas aconteceu dos fluxos serem sempre tensionados e aconteceu de sempre haver uma certa resistência tradicional a qualquer coisa cosmopolita.

Ou seja, o salão de festas e a biblioteca parisiense, não dispensa as botas sujas de barro, nem a selaria do galpão e nem sequer a presença de muitas armas em uma casa civil.

Joseph Love tem razão ao afirmar, portanto, aquela sutil mas forte semelhança entre o Texas e o Rio Grande.

Aconteceu apenas do nossos vizinhos não serem o México, mas sim a Argentina e o Uruguay, cujo refinamento e cosmopolitismo dispensam todas as apresentações.

Como tratar melhor disto?

Não sei ainda.

Nem estou com pressa a este respeito.

...espera guri, espera...

ANOTAÇÕES SOBRE OPINIÕES E POSIÇÕES - REFLEXÕES SOBRE DIVERSOS DEBATES E PROVOCAÇÕES


As vezes devemos nos precaver principalmente contra as nossas próprias opiniões a respeito da natureza dos outros, porque não serão eles que nos trairão, se estivermos enganados. 

Um preconceito ou uma paixão ardorosa por algo ou alguém, assim como uma aversão exacerbada ou até o ódio e a raiva, podem representar somente em que medida somos incapazes de pensar para além do nosso próprio mundinho e de nossas próprias convicções. 

Seria recomendável, neste caso, ultrapassar a fronteira existente em nossa cabeça entre aquilo que julgamos razoável, desejável e aceitável e aquilo sobre o que não compreendemos nada. Avançar no conhecimento é uma exigência acadêmica para alguns, mas, neste caso, em meio ao jogo social, é necessário que o façamos. 

Do contrário pareceria que estamos apenas fazendo profissão de fé, confissões de gosto e expressando opiniões e preconceitos com ares de sabedoria e para alguns profunda humanidade. Não é o caso na maioria das vezes. Nem todo fenômeno é somente o que parece à nossa pronta opinião e pronta disposição. 

É preciso raspar a camada superficial das nossas disposições e bandeirinhas para ver com mais precisão o que de fato é o caso, o que está realmente sendo expresso ali naquela proposição e também do que se trata quando discutimos determinado tema, assunto ou matéria. 

A alternativa oposta a esta leva a simplesmente a tripudiar das opiniões divergentes ou indiferentes. Mas isto não representa avanço algum na compreensão. É muito relevante, para deixar barato aqui, que sejamos capazes de nos desentender com clareza máxima sobre o ponto e o aspecto determinado. Na generalidade o desacordo sofre o grave prejuízo de não ser capaz de sustentar até o fim, em que sentido se fundamenta tal posição. 

Não podemos mais tratar como matéria de mera opinião assuntos que envolvem conhecimento e técnica e não apenas concepção e preferências. O juízo deve ser construído e não meramente afirmado aqui.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

MEMÓRIAS DE UM HOMEM SILENCIOSO

Quando, após muitos anos de observação, reflexão, falação, audição, tentativas e erros, consultas à clássicos e à não clássicos, relatos populares e impopulares, você começa a descobrir as razões e as intenções dos homens e mulheres em certas coisas desta vida, você se dá conta de que o único comentário e interpretação possível deve ser o mais discreto, o mais silencioso.


É num momento como este que me encontro hoje e, entendo porque Freud teve que produzir de forma tão literária esta e uma narrativa teórica sobre as ambivalências, contradições, culpas e traumas de qualquer ser humano comum. 


Por isto refleti agora sobre esta figura do homem silencioso. Ele não é silencioso porque não pode falar ou porque é proibido. Ele não tem nenhuma necessidade de respeitar dogmas ou impedimentos culturais, ditames dos costumes ou compromissos morais e imorais.


Ele não fala porque sua voz jamais alcançaria o tom maravilhoso de uma confissão. Ao contrário, suas memórias são delicados testemunhos, onde as críticas acabam ao fim e ao cabo não tendo nenhum valor mais nos dias de hoje. Mas, então sobre o que ele poderia escrever nos dias de hoje?



Não sei.....

Mas...

domingo, 1 de julho de 2012

UM TRAÇO DO DISCURSO POLÍTICO GAÚCHO


"Levanta-te para ser visto por todos, Fale alto para ser ouvido por todos e fala pouco para ser aplaudido por todos...."

Alceu de Deus Collares (PDT) ontem na convenção do PT que consagrou Ronaldo Zulke (PT) e Guerino Rosa (PSB) como candidatos a Prefeito e Vice de São Leopoldo...

que momento...nos batemos, mas também sabemos abraçar nossos adversários...e eles conseguem nos surpreender e nos educam com suas lições...

Lições que mostram por onde as coisas começam e de onde as coisas vem.

...e por onde tem andado nesta longa estrada da vida...este discurso se não me engano vem de um velho caudilho gaúcho chamado Batista Luzardo que era bem mais do que simplesmente corajoso....o famoso mensageiro que uniu Assis Brasil lider dele, Oswaldo Aranha, Getúlio Vargas na Aliança Liberal que leva à Revolução de 30... 

Batista Luzardo e muitos outros, como Leonel Brizola - que postei uma foto aqui na semana passada, tinham aquela caraterística comum a alguns políticos, líderes e militantes gaúchos...

é aquele tipo que Erico Verísismo caracterizou perfeita e completamente no Capitão Rodrigo Cambará...e talvez cujo personagem histórico de maior grandeza tenha sido mesmo este: Gaspar Silveira Martins (não um Pinheiro Machado) - o senador gaúcho mais poderoso da história que conseguiu manter-se na transição do Império para a República com muitas intervenções políticas...

quando falava em uma casa ou sala, todo o povo na rua ouvia nitidamente suas palavras....


Paulo José Pires Brandão em  seu livro Vultos do Meu Caminho, assim o descreve:


"Alto, corpulento, grandes óculos, barba toda aberta e branca, pele muito vermelha. Voz de trovão, gesto largo, não sabia falar baixo, e mesmo quando palestrava era em tom de discurso, e a sua voz clara, sonora e forte invadia a sala onde estava, os corredores, o hall, a casa inteira, atravessando a rua. Não falava ao ouvido de ninguém, não dizia segredos, nem os tinha, mesmo porque a sua voz não dava diapasão para sussurros, não murmurava: tonitruava". (veja-se na WIKIPEDIA)

Os camaradas de campanha chamam isso também de Boi Corneta....mas naquele tempo era muito marcante....


a imposição da vontade pela imposição da palavra num discurso....

A DURA REALIDADE DA DOENÇA


Meu pai Antõnio Boeira Sobrinho disse umas frases sábado no hospital que me deixaram com o sentimento de realidade que no fundo todos nós devemos aprender a ter...

"Eu estava ali deitado na maca doente e aquilo não parecia real. Mas meu filho era real. A realidade é dura. A gente gostaria que fosse diferente, mas é assim que é mesmo a gente sofre e isso é de verdade, não é um sonho, ainda que pareça um sonho, porque nos deixa meio desfigurados, estranhos. A realidade é muito mais dura mesmo" 

Quando a gente escuta uma frase destas fica pensando e se dá conta que você não pode sofrer pela outra pessoa, pode sofrer junto, mas jamais no lugar dela. E devemos lembrar e nos preparar porque um dia vai chegar a nossa vez também. Como me disse um amigo esta semana devemos ser felizes e não nos atacar mesmo por pouca coisa.

E assim volto à mensagem do meu irmão: a gente tem 
a obrigação de ser feliz, simplesmente porque estamos vivos.

A DURA REALIDADE: SEGUNDO MEU PAI


Meu pai Antõnio Boeira Sobrinho disse umas frases sábado no hospital que me deixaram com o sentimento de realidade que no fundo todos nós devemos aprender a ter...

"Eu estava ali deitado na maca doente e aquilo não parecia real. Mas meu filho era real. A realidade é dura. A gente gostaria que fosse diferente, mas é assim que é mesmo a gente sofre e isso é de verdade, não é um sonho, ainda que pareça um sonho, porque nos deixa meio desfigurados, estranhos. A realidade é muito mais dura mesmo" 

Quando a gente escuta uma frase destas fica pensando e se dá conta que você não pode sofrer pela outra pessoa, pode sofrer junto, mas jamais no lugar dela. E devemos lembrar e nos preparar porque um dia vai chegar a nossa vez também. Como me disse um amigo esta semana devemos ser felizes e não nos atacar mesmo por pouca coisa.

E assim volto à mensagem do meu irmão: a gente tem 
a obrigação de ser feliz, simplesmente porque estamos vivos.