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sábado, 24 de dezembro de 2011

NIRVANA - CHARLES BUKOWSKI

not much chance,
completely cut loose from
purpose,

he was a young man
riding a bus
through North Carolina
on the wat to somewhere
and it began to snow
and the bus stopped
at a little cafe
in the hills
and the passengers
entered.

he sat at the counter
with the others,
he ordered and the
food arived.
the meal was
particularly
good
and the
coffee.

the waitress was
unlike the women
he had
known.

she was unaffected,
there was a natural
humor which came
from her.

the fry cook said
crazy things.

the dishwasher.
in back,
laughed, a good
clean
pleasant
laugh.

the young man watched
the snow through the
windows.

he wanted to stay
in that cafe
forever.

the curious feeling
swam through him
that everything
was
beautiful
there,
that it would always
stay beautiful
there.

then the bus driver
told the passengers
that it was time
to board.

the young man
thought, I'll just sit
here, I'll just stay
here.
but then
he rose and followed
the others into the
bus.

he found his seat
and looked at the cafe
through the bus
window.

then the bus moved
off, down a curve,
downward, out of
the hills.

the young man
looked straight
foreward.

he heard the other
passengers
speaking
of other things,
or they were
reading
or
attempting to
sleep.

they had not
noticed
the
magic.

the young man
put his head to
one side,
closed his
eyes,
pretended to
sleep.

there was nothing
else to do-
just to listen to the
sound of the
engine,
the sound of the
tires
in the
snow.


In memorian Rafael Adams Boeira - 24/12/1966 - 29/09/2011

Um comentário:

  1. NIRVANA – CHARLES BUKOVSKI

    Nenhuma chance, completamente sem propósito.
    Ele era um jovem viajando num ônibus
    através da Carolina do Norte e em algum ponto
    começou a nevar.

    O ônibus parou em um pequeno café
    nas colinas e os passageiros entraram.
    Ele sentou no balcão, como os outros,
    pediu um lanche rápido e a refeição foi
    particularmente boa como o café.

    A garçonete era o contrário das mulheres
    que ele tinha conhecido.
    Ela não era afetada, havia um humor
    natural vindo dela.

    O cozinheiro da chapa disse coisas loucas.
    o lavador de louça, na parte de trás,
    riu um sorriso límpido, bom e
    agradável.

    O jovem olhou para a neve através das
    janelas.
    Ele queria ficar ali naquele café
    para sempre.

    Um sentimento curioso atravessou ele
    de que tudo estava
    ótimo, de que sempre fica belo lá.

    Então o motorista do ônibus
    disse aos passageiros que era a hora de
    embarcar.

    O jovem pensou, vou ficar sentado aqui,
    quero ficar aqui.

    Mas então levantou-se e seguiu
    com os outros no ônibus.

    Encontrou seu assento
    e olhou para o café mais uma vez
    através da janela do ônibus.

    Então o ônibus moveu-se,
    desceu uma curva, para baixo, para longe
    daquelas colinas.

    E o jovem mirou uma reta para trás,
    E ouviu os outros passageiros
    Falando de outras coisas,
    alguns liam ou estavam
    tentando dormir.

    Eles não tinham notado
    aquela mágica.

    O jovem colocou a cabeça para
    o lado,
    fechou os seus olhos e fingiu
    dormir.

    Não havia nada mais a fazer -
    apenas ouvir o som do motor,
    o som dos pneus na neve.

    P.S.: Uma versão de aniversário de seis anos do encantamento. 2017

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