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sexta-feira, 18 de junho de 2010

Se murió mi amigo José Saramago

Nenhum obituário estará à altura de José Saramago. Porque sempre dirá mais e sempre dirá menos do que deve ser dito sobre este modesto senhor. Não vale aqui dizer como se disse já de Gabriel Garcia Marques de que este vivente teve sua vida até o lançamento de Cem anos de Solidão e que depois foi outra história. José Saramago foi sempre o mesmo.

Se você por um acaso frequentar a próxima feira do livro de Porto Alegre preste mais atenção naquele escritor cuja fila de autógrafos não tem mais do que três ou quatro pessoas, porque talvez um dia você ira lembrar que conheceu José Saramago numa fila de autógrafos assim. Não foi José Saramago que mudou, foi o mundo que mudou a partir e apesar dele e de sua existência. Não pense você que ele se julgasse de extrema significãncia, ao contrário existir lhe bastava e dar sentido a sua vida lhe bastava. Muito obrigado pelas grandiosas lições, em pequenas palavras.

Fim

PS.: Escrevi esta despedida às pressas, mas é muito sincera. A melhor homenagem a Saramago e ler os livros dele e fazer algo no mundo. Se você observar por aí verá que muita gente discordava dele, mas no erro. Ele era comunista e ateu e eu confesso que fico muito feliz ao conhecer pessoas que conseguem ser assim. Eu consigo ser comunista, mas o meu ateísmo é meio abalado para ser bem honesto. Mas nem por isto eu penso que um ateu é um perdido, talvez ele tenha se encontrado melhor do que todos nós, estes fracos de espírito.

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