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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

LIDERANÇA TRIBAL

Encontrei uma resenha na revista ÉPOCA/NEGÓCIOS de julho de 2008 que me chamou a atenção para vários insights que já estão de certa forma presentes no texto lá atras sobre crenças, ferramentas e ambiente. Vou citar o texto integral:

"Respeite as tribos de sua empresa
Grupos informais são mais poderosos do que se pensa e podem levar líderes ao fracasso

Por Época Negócios

Sabe aqueles grupinhos de funcionários que se reúnem em torno da máquina de café ou que sempre almoçam juntos? Eles são uma das forças mais poderosas dentro das empresas. É o que afirma o livro recém-lançado Tribal Leadership: Leveraging Natural Groups to Build a Thriving Organization ("Liderança tribal: alavancando grupos naturais para construir uma organização próspera"). Como sugere o título, são "tribos" que se formam naturalmente dentro das organizações, independentemente da vontade da cúpula da empresa. Algumas dessas tribos favorecem o sucesso do negócio, outras são um estorvo aos desígnios das chefias.

Há basicamente cinco tipos de tribos, de acordo com os autores, os consultores americanos Dave Logan, John King e Halee Fischer-Wright. Para identificá-las, basta prestar atenção à maneira como seus integrantes se manifestam a respeito do trabalho, de seus colegas e da vida. Na pesquisa, que envolveu 24 mil funcionários de grandes empresas americanas, despontaram as seguintes tribos:

Hostis - Formadas por funcionários que gostam de manifestar seu pessimismo no ambiente de trabalho e que resistem a qualquer iniciativa da chefia. "Essa vida é uma droga" está entre suas frases favoritas.

Desmotivadas - São as tribos dos desligados e apáticos. Ficam felizes com a própria falta de empenho, ao mesmo tempo em que reclamam de que não são ouvidos pela cúpula da empresa. Se pudessem escolher, não seriam responsáveis por coisa alguma.

Autocentradas - São as tribos compostas por funcionários egocêntricos. Gostam de competir individualmente e resistem a qualquer tipo de colaboração. "Sou melhor do que meus colegas", acreditam.

Colaborativas - Os que delas participam gostam de colaborar e dividir conhecimento. São tribos competitivas, mas sempre com o espírito bélico voltado a outras companhias. "Nós somos grandes, eles não" é a sua crença.

Desbravadoras - São as mais raras. Seus membros exalam entusiasmo juvenil pelo que fazem e se dedicam a criar, freqüentemente com sucesso, coisas nunca antes sonhadas. "A vida é boa" poderia ser o seu lema.

Um novo CEO terá mais chance de sucesso se tiver sido antes um líder tribal na empresa
No livro, esses cinco tipos de tribo são descritos como estágios. No nível mais baixo estão as hostis e no cume, as desbravadoras. Um líder bem-sucedido é aquele que consegue fazer com que as tribos prejudiciais à empresa assumam uma atitude positiva para o negócio e ascendam nessa escala. É inútil buscar o impossível. Em vez de querer que funcionários desmotivados transformem-se rapidamente em grandes espíritos empreendedores, é melhor se esforçar para que atinjam o estágio imediatamente à frente - no caso, a tribo dos autocentrados. Os autores recomendam aos líderes que se aproximem dos funcionários que mostrem enfado com sua tribo e revelem sinais de que podem dar um passo adiante. Devem usar frases de estímulo, como "penso que você tem potencial para liderar".

Um novo CEO ou um novo líder de departamento têm poucas chances de sucesso se não forem, também, líderes tribais, diz Tribal Leadership. Caso sejam, viram ímãs de talentos quando assumem uma liderança formal dentro da companhia. "As pessoas ficam tão ávidas para trabalhar com eles que aceitariam redução de salário se isso fosse necessário", afirmam os consultores. Da mesma forma, a reestruturação de uma empresa invariavelmente fracassa se não contar com a aprovação dessas lideranças informais e de suas tribos."

Veja neste link: http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,EMI23026-16366,00-RESPEITE+AS+TRIBOS+DE+SUA+EMPRESA.html

Bem é o que deu para arranjar de momento. Veja e se interessar vá para o livro ou blog.

Esta obra já tem blog e está traduzida para o português com publicação razoavelmente acessível. É curioso que uma abordagem mais sociológica e até antropológica passe a figurar em textos e trabalhos de administração com mais desenvoltura. Penso que isto, ao contrário de um utilitarismo ou uma instrumentalisação de teorias sociais - o que aliás é frequente desde o surgimento da sociologia, pode marcar algumas mudanças de foco no sistema. Mas este já é um outro papo.

Inté mais....

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